Foto: Reprodução TV Vitória |
A proprietária da padaria assaltada também optou por colocar grade na entrada do comércio, mas no assalto desta quarta-feira, o bandido aproveitou que uma cliente entrou no local para anunciar o roubo. Luciana Pereira disse que reconheceu o assaltante no momento em que ele entrou na sua padaria. Não era a primeira vez que ele assaltava a comerciante que, assustada, reagiu.
"Das outras vezes, ele me azucrinou com o revólver na minha cabeça e na cabeça do meu filho. Dessa vez, quando eu olhei para a cara dele e ele veio para cima de mim, eu o empurrei, não tive outra reação", contou a comerciante.
Testemunhas disseram que o suspeito pegou todo o dinheiro do caixa e, ao sair da padaria, foi rendido e agredido por populares que acionaram a polícia. Outra comerciante que trabalha na mesma rua viu a cena que, segundo ela, se tornou comum no bairro. Há quinze dias ela também foi assaltada e com um revólver apontado na cabeça foi obrigada a entregar o dinheiro do caixa. Indignada, a mulher reclamou da falta de policiamento na região e disse que a grade de proteção não intimida os criminosos.
"Só aparece policial aqui quando acontece um fato desse. Para a gente trabalhar é só desse jeito e ninguém toma providência em nada. Nós não temos ninguém pelo bairro. Somos nós e Deus pronto, acabou", comentou Adenir Lopes.
Um costureira também recorreu às grades para se sentir um pouco mais segura. "Eu chego aqui de manhã e não abro mais. Os clientes que eu conheço, eu deixo entrar. Os que eu não conheço, recebo a sacola de roupa pela grade porque se eu deixar aberta, eu posso ser assaltada igual aconteceu na padaria hoje", afirmou Luzia Souza.
Em uma conversa com policiais militares, o líder comunitário do bairro Vila Palestina, Heleno Magri, pediu por mais segurança. O representante dos moradores disse que os PMs só circulam na avenida principal do bairro. "Eles dizem que passam toda hora, mas a gente só está vendo agora. A polícia só chega depois do acontecido, nunca chegou antes", comentou Heleno.
O suspeito, identificado como Marcos José Miranda da Silva, de 30 anos, teve alta do Hospital São Lucas. Ele deve ser encaminhado para a delegacia de Campo Grande, em Cariacica. A Polícia Militar disse que a 2ª Companhia do 7º Batalhão intensificou o policiamento preventivo no bairro à noite, horário de maior movimento em padarias e lanchonetes. A expectativa é que seja feito o mesmo nos demais horários, o que já está acontecendo em Campo Grande, bairro vizinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário