segunda-feira, 30 de maio de 2011

ES: Detran exonera suspeito de fraudes para liberar veículos apreendidos. Quadrilha poder estar por trás do esquema de fraudes. Polícia informou que outros servidores do Detran devem ser investigados

PAULO ROGÉRIO - Rádio CBN Vitória (93,5 FM / 1.250 AM)
foto: Nestor Müller - NA
Alex Shander da Silva, preso na Ciretran de Laranjeiras, Serra
Alex Shander da Silva, preso na Ciretran de Laranjeiras, Serra


Suspeito de liberar de forma irregular veículos apreendidos, Alex Shander Silva, de 34 anos, preso em uma operação da Polícia Civil, foi exonerado do quadro de servidores públicos do Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran-ES). A informação foi divulgada por meio de nota na tarde desta segunda-feira (30) - horas depois da prisão - e estará publicada no Diário Oficial do Estado desta terça (31).

Além de citar que as investigações da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) foram iniciadas por denúncia do próprio órgão de trânsito após descoberta de supostos crimes, o comunicado à imprensa descreve que "diante das informações preliminares já apuradas, o Detran-ES exonerou o funcionário". Alex Shander exercia o cargo de agente vistoriador Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Laranjeiras, na Serra.

Alex Shander foi encaminhado na manhã desta segunda-feira ao centro de triagem da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), em Viana, para cumprimento de prisão temporária de cinco dias prorrogáveis por mais cinco. Investigadores da Polícia Civil informaram que outros servidores do órgão estadual devem ser alvos de investigação nos próximos dias. O chefe da Defa, delegado Gilson Gomes, acredita no envolvimento de uma quadrilha no esquema de Alex Shander.

O titular da unidade interrogou o acusado, na presença de dois advogados, antes de Alex ser encaminhado à prisão. O ex-agente vistoriador negou todas as acusações. Entre elas a de que o ex-funcionário da Ciretran teria desestimulou o proprietário de uma moto apreendida a reaver o veículo afirmando que ele deveria pagar um débito no valor de R$ 3 mil.

Na verdade, a moto poderia ter sido liberada com o pagamento de uma taxa de apenas R$ 450. Como o proprietário deixou a moto no pátio, o funcionário teria passado o veículo a outra pessoa por meio de documentos falsos. O veículo foi parar no pátio do Detran após ser apreendido em uma blitz por causa de documentação vencida. O fato dessa moto ter sido utilizada em um assalto foi o que gerou a denúncia do Detran à Polícia Civil.

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