sexta-feira, 17 de junho de 2011

ES: Casagrande decide criar novo Conselho de Ética. Em abril houve a renúncia coletiva dos sete membros, mas alguns devem retornar às atividades

foto: Ricardo Medeiros
 Edebrande Cavalieri
O professor Edebrande Cavalieri deve ficar

Vitor Vogas
vvogas@redegazeta.com.br

No momento em que vê crescer e ganhar corpo a crise com os estudantes que reivindicam passe livre, o governo estadual vai dar um passo importante para contornar uma outra crise, gerada em abril: a do Conselho de Ética. Hoje, o governador Renato Casagrande (PSB) vai se reunir com o secretário de Governo, Robson Leite, e com outros interlocutores próximos, para discutir os nomes que vão fazer parte da futura formação do Conselho Estadual de Ética, desintegrado desde a renúncia coletiva dos sete conselheiros nomeados pelo antecessor de Casagrande, Paulo Hartung (PMDB).

De acordo com uma fonte governista, dentre os conselheiros que entregaram o cargo, três com certeza serão mantidos: o tesoureiro da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Délio Prates do Amaral, o professor de Filosofia e diretor do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Ufes, Edebrande Cavalieri (que também tem atuação na Igreja Católica), e o pastor da Primeira Igreja Batista de Vitória, Oliveira de Araújo. As respectivas instituições teriam sido consultadas e mantido as indicações.

Além destes, Casagrande vai estudar uma lista de nomes sugeridos pelos assessores para completar o conselho.

Mas, segundo informações de bastidores, os conselheiros mantidos só aceitarão voltar às funções caso o governo cumpra as reivindicações que culminaram com a renúncia em bloco: a disponibilização de estrutura própria e o respaldo político para que o conselho possa realizar os trabalhos sem temer pelo sigilo das informações.

Razões
No dia 20 de abril, o então presidente do conselho, professor Júlio Pompeu, anunciou a renúncia coletiva. Ele alegou que, além da total falta de estrutura própria para o conselho funcionar - situação que perdura desde o governo Paulo Hartung -, o conselho perdera o respaldo e viria sendo ignorado pelo governador Renato Casagrande desde que ele assumiu.

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