— Lá, na UPP, vivi a realidade mesmo. Havia muita troca de tiros. Mas ninguém fica sabendo, porque isso não sai na imprensa. Sabia que ali era uma área perigosa, principalmente antes da chegada da UPP — lembra.
Nos plantões no batalhão, com escalas de até 24 horas, Alexsander passou a identificar a movimentação de pessoas ligadas ao tráfico.
— Tem aquele moleque que passava o dia inteiro na rua, de bobeira. Andando de moto, com roupa bacana. Quando a gente se aproximava, eles saíam de perto.
Apesar do destino trágico, Alexsander ainda guarda, em casa, a farda que usou na PM. E, junto com ela, uma certeza:
— Eu sou polícia e vou morrer polícia.
Questionada sobre os confrontos na área, a PM respondeu: “A pacificação é um processo contínuo. Alguns episódios de enfrentamento entre policiais e criminosos são pontuais. Não há como comparar regiões de UPPs, umas têm mais resistência e outras menos. Tudo é previsto e faz parte do processo que se consolida com muito trabalho”.
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