quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ES: GOVERNO HARTUNG. A queda de um mito

Editorial
www.seculodiario.com.br


Pela legislação em vigor, o síndico de uma massa falida deve ostentar um passado limpo, de correção, lisura e apego à ética, demonstrados ao longo de sua vida profissional.

É por esse passado que se indica alguém para administrar e representar legalmente a massa falida, atuando sob a direção e supervisão de um juiz.

Dentre as mais importantes funções de um síndico de massa falida destacam-se as de diligenciar a cobrança de dívidas da massa e passar quitação respectiva; apresentar contas demonstrativas da administração da massa; organizar o quadro geral de credores; finalmente, promover a liquidação do ativo arrecadado.

Como se vê, não é atividade que possa ser exercida por quem não preencha os requisitos acima citados. E uma auditoria independente das massas falidas sob a responsabilidade do advogado Paulo França demonstrou não ser ele confiável para exercer tarefa de tanta relevância.

Muito deve ter contribuído para esta sua designação o fato de ele ter sido diretor jurídico e ex-presidente do Banestes numa das gestões Paulo Hartung. Cargos que assumiu mediante os antecedentes de sua participação em muitas falências ocorridas no Estado.

Nesta quarta-feira (28), conforme matéria em destaque nesta edição, o juiz da Vara de Falências e Sucessões de Vitória, Ademar João Bermond, determinou a remessa de cópias de um processo contra Paulo França para o Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional.

Esses órgãos serão responsáveis pelas próximas medidas em relação ao processo, como, por exemplo, o ajuizamento de uma ação penal.

Esta queda de uma figura importante do grupo de Paulo Hartung é mais uma a derrubar o mito de que quem não está nele é suspeito. Geralmente, quando se trata de político, a suspeita ensaiada é de membro do crime organizado.

Na área técnica, ou burocrática, a pecha dos que estão fora do grupo é de incompetência ou desonestidade. O advogado Pauolo França tem cinco dias para provar que não é uma coisa nem outra.

Vamos aguardar o desfecho do caso, claro, para voltar ao tema com o rigor que ele exigirá em caso de se confirmarem as acusações feitas contra o alvo do processo oriundo da Vara de Falências e Sucessões de Vitória.

São acusações muito graves, como se pode comprovar pela leitura desta primeira matéria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário