segunda-feira, 25 de julho de 2011

Banco Mundial enviará mais de US$ 500 milhões para vítimas da fome na África

Refugiada somali aguarda ajuda em campo no Quênia onde africanos fazem fila - AFP
ROMA - O Banco Mundial decidiu ajudar com mais de US$ 500 milhões as vítimas da fome em países da África Oriental, como a Somália. O anúncio foi feito após uma reunião organizada às pressas nesta segunda-feira por uma agência da ONU para definir como combater a catástrofe alimentar que assola a Somália e países vizinhos . A sessão foi solicitada pela França e realizada em Roma, na sede da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO).

O dinheiro será destinado a projetos na Etiópia, no Quênia, em Djibouti e na Somália, em áreas onde "as circunstâncias permitirem", informou o banco. A ressalva se refere a regiões controladas por extremistas do grupo armado islâmico al-Shabab, onde o acesso de grupos humanitários foi limitado.

Há décadas o conflito prejudica os esforços de organizações internacionais de ajuda aos somalis. O al-Shabab nega que haja fome e impede que as pessoas recebam auxílio de grupos do Ocidente. Segundo o Programa de Alimentação Mundial da ONU, não há como ajudar todos os 2,2 milhões de somalis que correm risco de morrer de fome.

"A nossa prioridade é o alívio e a recuperação imediata. É importante agir rápido para reduzir o sofrimento humano", disse o presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick, em um comunicado.

Nick Martiew, integrante da ONG "Save the Children", disse que a situação da África precisa de uma resposta urgente.

- Crianças estão morrendo neste exato momento no leste do continente e elas precisam de ajuda - disse Martiew.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, mais de 11 milhões de pessoas sofrem com a seca no leste da África. Autoridades da ONU afirmam que em algumas regiões da Somália mais da metade da população sofre de desnutrição aguda. A crise vem sendo agravada pela seca que atinge o país, considerada a pior em 60 anos.

Globo e agências internacionais

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