O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia à Justiça nesta terça-feira (31) contra os delegados Márcio Braga e Luiz Neves; os investigadores de polícia Fábio Malheiros, Hilário Roger Nascimento, Alex Sandro Serrano e David da Silva Carvalho; o escrivão Marcos Ermani e o advogado Jorge Teixeira Nader.
Entre os crimes os quais os oito foram denunciados estão: formação de quadrilha, denunciação caluniosa, extorsão, corrupção, tortura e abuso de poder. Na denúncia, os promotores do Grupo Especial de Trabalho Investigativo (GETI) ainda pedem o afastamento cautelar dos policias e delegados e a decretação de prisão preventiva dos denunciados.
A denúncia oferecida pelo MP teve como respaldo o inquérito policial da Corregedoria da Polícia Civil. O Ministério Público, que também acompanhou as investigações da Corregedoria, destaca que "os denunciados, utilizando-se de seus cargos junto à Polícia Civil, formavam, dentro da Delegacia de Segurança Patrimonial da Serra, uma verdadeira organização criminosa, articulada e estruturada para o cometimento de crimes de extorsão, corrupção, abuso de poder, denunciação caluniosa, tortura, dentre outros".
Na peça entregue à Justiça, os promotores narram os fatos denunciados por vítimas dos delegados, como os do estelionatário Jonílson Ferreira Rodrigues, um dos primeiros a denunciarem os policiais e delegados à Corregedoria. As investigações revelaram, destaca o Ministério Público, que o advogado Jorge Teixeira Nader integrava, juntamente com os demais denunciados, o esquema de extorsão montado dentro da Patrimonial.
A denúncia foi entregue à Justiça Criminal da Serra e será distribuída. O juiz responsável passa agora a analisar as peças e decidir se aceita o material. Se aceitar, os policias, delegados e advogados passam a responder a uma ação penal.
Os delegados Márcio Braga e Luiz Neves e os policiais estão presos desde o dia 13 de maio. Por decisão judicial, o caso está sob segredo de Justiça desde o último dia 20. O juiz Marcelo Loureiro, quem decretou a prisão dos acusados, afirmou que a decisão foi tomada para assegurar a integridade física das vítimas que denunciaram os acusados à Corregedoria de Polícia.
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