Foto: Reprodução TV Vitória |
Os crimes teriam sido cometidos durante a atuação dele na Delegacia de Conceição da Barra, no norte do Estado. De acordo com a Corregedoria, ele facilitava o furto de armas e drogas na delegacia. O material que era guardado em locais de fácil acesso e era revendido pelos demais integrantes da quadrilha. Em troca, Carlos César recebia dinheiro.
A ação criminosa, segundo a Corregedoria, era feita em conjunto com o advogado Young Alves Souto, de 29 anos, suspeito de matar um homem, em março de 2010, em Conceição da Barra. Young Souto teria sido preso em março deste ano, fugiu do Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, mas foi capturado uma semana depois, em Cobilândia, Vila Velha. Na ocasião, um sargento da Polícia Militar também foi preso, acusado de ter facilitado a fuga.
Segundo informou a Corregedoria da Polícia Civil, o delegado Carlos César da Silva é o último integrante da quadrilha a ser preso. Na casa dele, em Linhares, agentes da Corregedoria e do Núcleo de Repressão a Organizações Criminosas, o Nuroc, apreenderam armas e munições de uso restrito. O delegado também vai ser indiciado por porte ilegal de armas.
Com 48 anos de idade, Carlos César Silva trabalhou na Polícia Civil de Minas Gerais até 1999, quando veio para o Espírito Santo, onde atuou também nas delegacias de Guarapari, João Neiva, Barra de São Francisco e Pinheiros.
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Márcio Braga e Luiz Neves também foram presos e afastados das funções |
Delegada e quatro policiais presos
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Delegada Tânia Brandão foi presa no último dia 9 por associação ao tráfico |
Na ocasião, os detidos foram a delegada Tânia Brandão e os policiais militares, Maycon Nascimento Ruela, Jairo de Lírio Fernandes, Antônio Carlos Santos Jantorno e Marcelo Tavares Cardoso. Segundo o MPE, todos estão sendo investigados pelos crimes de formação de quadrilha e extorsão, cujas penas podem chegar a até 20 anos de prisão.
Durante as investigações, segundo o órgão, a delegada Tânia Brandão foi flagrada trocando mensagens com Iranildo de Souza Freitas, o "Iranildo Gama", suspeito de controlar o tráfico de drogas na região conhecida como "Morro dos Gama", em Cariacica. A denúncia comprovou que a delegada deixava de autuar em flagrante criminosos ligados ao traficante e trocava com ele mensagens sobre como auxiliaria à quadrilha.
As investigações do órgão também comprovaram que os policiais militares cobravam propina de traficantes para não serem presos e, além disso, avisavam aos criminosos da presença policial que pudesse prejudicar as atividades da quadrilha.
Em nota à imprensa, o Ministério Público não descarta a prisão de outros policiais civis e militares nos próximos dias em decorrência das investigações que continuam com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
A primeira fase da operação ocorreu no dia 25 de Maio de 2011 quando 26 mandados de prisão foram cumpridos, sendo apreendidos na ocasião armas de fogo, drogas e munições no município de Cariacica. Na mesma ocasião residências de suspeitos também foram vistoriadas.
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