
- A truculência não existe. Nossa preparação é para a guerra, mas neste caso estamos atuando para manter a paz na comunidade. Nós estamos apurando a situação - declarou.
VÍDEO 1: Blog Voz das Comunidades mostra detalhes da confusão na favela
VÍDEO 2: Moradores registram imagens do tumulto no Complexo do Alemão
De acordo com o general, os vídeos analisados mostram claramente que os moradores atiraram objetos em cima dos soldados, mas, caso seja comprovado que a reação dos oficiais foi exagerada, as responsabilidades serão apuradas. O militar acrescentou que, nesta segunda-feira, há 1.300 soldados no complexo, o mesmo efetivo desde o início da ocupação. O reforço policial ocorreu apenas no confronto.
Os moradores contam que o tumulto teve início após um grupo de dez soldados do Exército entrar num bar, onde muitos assistiam a um jogo, pedindo para abaixar o som. Ainda de acordo com moradores, os oficiais chegaram agindo com violência, usando armas como gás de pimenta. O episódio ocorreu a 50 metros da estação do teleférico Itararé.
O tumulto ganhou as ruas e só terminou com a chegada do reforço. O general afirmou que os oficiais foram ao bar para verificar denúncias de tráfico de drogas. No fim da manhã desta segunda, o clima na comunidade estava tranquilo. Existia uma manifestação programada para esta terça-feira, mas foi cancelada pelos moradores.
Elaine de Moraes, de 16 anos, foi atingida por uma bala de borracha e atendida no Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Ela levou pontos na parte interna da boca e nos lábios. Elaine passava pela rua no momento do confronto.
As procuradoras da República Gisele Porto e Aline Caixeta irão ouvir também moradores para saber mais detalhes do incidente e investigar se houve excesso na atuação dos militares.
O MPF já investiga outra situação similar que aconteceu no dia 24 de julho na Vila Cruzeiro, quando militares usaram spray de pimenta e balas de borracha contra moradores que estavam em um bar.
Desde o início da ocupação no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, o MPF acompanha a atuação dos militares. Em abril desse ano, o MPF realizou audiência pública para ouvir relatos de moradores sobre atuação do Exército nas comunidades.
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