O delegado afirmou que concluiu o inquérito, mesmo sem ter tido ainda acesso ao resultado dos exames que seriam feitos após a exumação do corpo de Juan , a pedido do defensor público Antônio Carlos de Oliveira, que representa um dos PMs acusados. O caso foi dado como encerrado com base na apuração da Polícia Civil, que incluiu, entre outras coisas, testes de DNA que asseguraram serem do menino um corpo encontrado às margens do Rio Botas em Belford Roxo.
Perita, que teria errado em exame, responde sindicância
A exumação do corpo de Juan aconteceu um mês após o sepultamento do menino, no Cemitério municipal de Nova Iguaçu. Para obter a autorização da Justiça, o defensor público alegou que um primeiro laudo de uma perita legista atestava que o corpo achado no Rio Botas era de uma menina, argumentando que seria importante a realização de novos exames .
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No início de julho, a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, convocou uma coletiva para informar que a perita legista - que está respondendo à sindicância - errara na identificação e que o corpo seria mesmo de Juan, paralisando as buscas. Dois testes de DNA comprovaram, à época, a identidade do corpo, a partir da análise de material genético dos pais de Juan .
Juan desapareceu no dia 20 de junho deste ano, logo após um confronto entre policiais militares do 20º BPM (Mesquita) e traficantes da Danon. Na operação policial, o irmão de Juan, Weslley, e o repositor de mercadorias, Wanderson dos Santos, de Assis, de 19 anos, foram baleados. Num primeiro momento, os PMs chegaram a acusar Wanderson de ser traficante e estar com uma pistola 9mm, uma granada e um radiotransmissor, o que não foi confirmado depois. Wanderson ficou internado no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, preso à cama com uma algema por cinco dias, até a Defensoria Pública do Estado conseguir sua soltura. Mais tarde, descobriu-se que a arma pertencia a um traficante morto durante a operação policial.
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