O caso mais evidente é o da prefeita de Viana, Angela Sias (PMDB). Eleita em 2008 com o apoio da deputada e ex-prefeita Solange Lube (PMDB), ela está vendo sua possibilidade de concorrer novamente ao cargo pela atual sigla reduzida a 50%.
Nos corredores da Assembleia Legislativa e no meio político de Viana, a candidatura de Solange já é dada como certa. O presidente regional do PMDB, deputado federal Lelo Coimbra, garante que a decisão será tomada em acordo entre as duas.
A prefeita afirma que "jamais uma disputará contra a outra" e negou intenção de trocar de legenda para se manter na corrida. "Se o partido entender que Solange deve ser a candidata, vou aceitar tranquilamente. Vou para a rua com ela, abraçada e pedindo votos com ela", frisa.
Angela refutou qualquer comparação com o que aconteceu entre o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), e o ex-prefeito e atual deputado federal Audifax Barcelos (PSB). O último não pôde concorrer à reeleição, porque o primeiro decidiu ser candidato, em 2008. Eles eram do mesmo partido, comandado por Vidigal.
A expectativa é que, em 2012, os dois travem o primeiro confronto direto nas urnas. O presidente regional do PDT, deputado Josias da Vitória, afirma que Vidigal é candidato. "Acreditamos muito na reeleição dele", diz Da Vitória. O prefeito não quis comentar o assunto.
Em avaliação
Outra indefinição é a candidatura do prefeito afastado de Fundão, Marcos Moraes (PDT), o Marquinhos. Fora do cargo pela segunda vez, por decisão da Justiça, ele avalia se terá condições de concorrer. "Ainda estamos discutindo", explica Da Vitória.
A dúvida também paira sobre o destino da prefeita de Marechal Floriano, Eliane Lorenzoni (PP). Eleita pelas mãos do marido, o ex-prefeito e ex-deputado Cacau Lorenzoni (PP), ela poderá renunciar ao mandato seis meses antes do pleito para que ele possa concorrer. "Inicialmente, a prioridade do partido é a reeleição. Não é uma questão só partidária, mas também familiar. A gente deixa a decisão nas mãos deles", ressalta o vice-presidente regional do PP, Geraldo Magella.
Em busca de sair do segundo plano e ocupar o posto mais alto de seus municípios, pelo menos 14 vice-prefeitos devem disputar a eleição para prefeito de suas cidades, no ano que vem.
Entre os interessados, há vices buscando ocupar o espaço do atual chefe do Executivo, que deixa o cargo após dois mandatos seguidos. Isso ocorre em Aracruz, Brejetuba, Cariacica, Itarana, Itapemirim, Piúma, Santa Teresa e Vargem Alta.
O vice-prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri (PSB), tem dito que será candidato, com ou sem o apoio do prefeito Ademar Devens (PMDB). Já Geraldo Luzia Júnior (PPS), o Juninho, vice de Cariacica, deverá concorrer contra o candidato do prefeito Helder Salomão (PT), com quem rompeu.
Há também os que romperam com o parceiro de chapa de 2008, ou estão em outro projeto, e podem partir para o confronto direto. Encaixam-se nessa opção os vices de Dores do Rio Preto, Ibatiba, Marataízes, Mantenópolis, São José do Calçado e Viana.
Para a vice-prefeita de Marataízes, Dilcéa Marvilla (PR), ainda há possibilidade de reatar a boa relação com o prefeito Jander Vidal (PSDB). "Está estremecida a relação, mas o ideal para o município é que tenhamos boa relação. Sou candidata a prefeita ou a vice", frisou.
Atual secretário de Planejamento de Viana, o vice-prefeito, Carlos Lopes (PSB), disse que a relação com a prefeita Angela Sias (PMDB) é cordial, mas já se colocou à disposição da sigla para concorrer. "Não é oposição, mas quero representar outro projeto".
Reeleição - 48 prefeitos: São 10 do PSB; PSDB e PMDB, 9 cada; PP, 4; DEM e PT, 3; PPS e PDT, 2; PSDC, PRP, PR, PV, PTB e PRB, 1.
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