terça-feira, 27 de setembro de 2011

ES: Marido ateia fogo na própria casa após ser agredido com pauladas pela mulher em Cariacica


Reprodução TV Vitória

Um carpinteiro de 33 anos foi agredido pela companheira quase 20 anos mais velha que ele em Cariacica. De acordo com Arilênio Oliveira, a mulher deu pauladas em sua cabeça e o queimou com cigarro. O homem, que disse já ter sido ferido até com facadas, se revoltou e ateou fogo na residência.

"Ela já me furou de faca, já me deu paulada, já jogou objetos como garrafas em mim. Eu até então não a agredi. Eu segurei o facão para ela não me cortar, isso eu não vou mentir. Ficou uma marca no braço dela porque eu segurei para tomar o facão", disse o carpinteiro.
 
A confusão aconteceu na casa humilde do casal no bairro Jardim Campo Grande. Segundo Arilênio, cansado de tanto apanhar, ele resolveu agir. Ele teria colocado uma trouxa de roupas próximo ao fogão e cortado a mangueira do gás, provocando o incêndio. As chamas atingiram a parede e foram até o teto da residência.
 
Por sorte, o fogo não destruiu toda a casa, mas o guarda-roupas, fogões e objetos foram danificados. A companheira de Arilênio confirmou que o agrediu, mas disse que foi para defender o filho. "O motivo de eu ter agredido ele foi porque ele partiu para cima e espancou meu filho. Eu o agredi para defender meu filho porque ele ia matá-lo. Meu filho não tem corpo para lutar com ele. Ele vem pra cima de mim bêbado para me bater e o que eu tenho na mão, eu jogo, não vou mentir", comentou a cuidadora de idosos Railda da Conceição.

A mulher contou que vivia sendo ameaçada pelo homem, com quem é casada há 12 anos. "Ele disse que ia matar eu e meu filho, que hoje era dia de eu ir trabalhar e que quando chegasse, meu filho estaria com o pescoço cortado. O meu maior medo da vida é ele voltar, me matar e matar meu filho.  Ele já disse isso várias vezes. Ele me ameaçava dizendo que se eu fosse embora ele me buscaria onde eu estivesse e me mataria. Sem bebida ele é calmo, mas bebeu uma cachaça, acabou-se", afirmou a cuidadora de idosos.
 
Arilênio acha que deveria haver uma lei que protegesse os homens que sofrem violência doméstica. "O homem está sendo agredido e muitos estão matando suas esposas porque não pode bater e deixar ela por aí porque sabem que vão presos, aí eles matam, mas eu não faço isso. Eu acho que tinha que ter uma lei tanto para a mulher quanto para o homem", disse o carpinteiro.
 
Preso em flagrante por crime de incêndio, o homem pode pegar até seis anos de reclusão. Mostrando-se arrependido, Arilênio acredita que deve pagar pelo incêndio. "Agora eu vou pagar pelo que eu devo e Deus vai dar um destino para cada um, ela vai para um canto e eu vou para outro", comentou.

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