Foto: Reprodução TV Vitória  |
Selmir Ramos e Leandro Lacerda foram detidos em casa. A mulher, que é conhecida como “Lôra” e como “baronesa do pó”, é acusada de ser a mandante de vários assassinatos na região e apontada pela polícia como a principal traficante de Novo Horizonte.
De acordo com a polícia, Selmir coordena uma quadrilha com 13 integrantes, chefia oito bocas de fumo e tem nove inquéritos policiais abertos contra ela. “Nunca fui presa, nunca tive passagem. Meu esposo nunca foi preso. Tenho filhos e eles nunca tiveram passagem, graças a Deus. Eu fui presa por denúncias desses vagabundos que mataram um menino lá na entrada do paredão. Eu não tenho apelido de "Lôra", foram eles que inventaram", afirmou a acusada.
O filho dela, preso sob a mesma acusação defendeu a família. “Falar, qualquer boca fala. Quero ver vocês provarem”, disse Leandro Lacerda. O esquema do tráfico em Novo Horizonte envolve três facções criminosas. D acordo com o delegado, além da gangue da “Lôra”, o grupo do irmão dela, Lidiomar Lacerda, conhecido como "Lili", e a quadrilha de Uilson de Souza, o “Fi”, duelam entre sim.
Por causa desta disputa, Uilson, que chefiava parte do tráfico de uma casa confortável no Paraguai foi assassinado. Segundo a polícia a mando da “Lôra”. “Ela é ardilosa, não assume nada do que faz. Além de ser traficante de drogas, ela também alicia menores de idade. Há cerca de um mês três meninas foram aliciadas por ela em uma cidade do interior do Estado. Ela alugou uma casa em Balneário de Carapebus para essas meninas guardarem droga para ela e também para fazerem o transporte de drogas. Uma menina e uma adolescente geralmente passa despercebido”, comentou o delegado Josafá da Silva.
Selmir Lacerda Ramos e o filho dela estão presos temprariamente, mas o delegado já pediu a prisão preventiva. Do início do ano até agora, a polícia identificou vários integrantes das facções criminosas.
Outros quatro homens foram presos na operação. De acordo com o delegado, Bruno Libano, Ricardo Rodrigues e Tarlei Alves, o “Tatá” faziam parte da quadrilha do “Fi”. Já Weslei da Conceição, ainda segundo a polícia, era gerente da “Lôra”, mas ele diz não conhecê-la. “Não a conheço. Não moro lá. Estão me acusando de uma coisa que eu não fiz”, alegou Weslei da Conceição.
O caso recente de bala perdida que matou menino Robert Braian, de apenas 10 anos, quando voltava da igreja com o pai em Jardim Limoeiro e o tiroteio no início da semana em Novo Horizonte em que jovens foram baleados, de acordo com a investigação dos agentes da Polícia Civil, são exemplos que ilustram a guerra dessas quadrilhas.
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