domingo, 31 de julho de 2011

ES: Jovens trocam futuro de sucesso pelo mundo macabro do tráfico de drogas

TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

Muitos casos de envolvimento com o tráfico de drogas evidenciados envolvem jovens quem possuem boa condição financeira. Muitas vezes universitários são pegos pela polícia na vida do crime, enquanto poderiam terminar uma faculdade e conseguir renda com o trabalho. Por isso fica a pergunta: o que leva pessoas que parecem ter tudo a se envolverem com o mundo das drogas?
 
O delegado Dyego Yamashita, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten) acredita que é uma questão de status. “São pessoas que, na maioria dos casos, têm uma dependência da droga também, que eles conseguem associar o uso ao tráfico. A questão financeira também. Eles têm essa necessidade de comprar bens materiais ou então para conseguir um destaque no meio no qual ele convive. Ele ser visto como a pessoa que consegue as drogas para a turminha dele”, disse.
 
No dia 25 de julho, um advogado de 33 anos foi espancado e levou um tiro no Morro de São José, em Vitória.  Tudo porque ele teria questionado um traficante sobre a quantidade do entorpecente que havia comprado. Este caso é uma prova de que a droga não escolhe classe social.
No dia 21 de dezembro de 2010 mais um caso que chamou a atenção. Rafael Castro e Alexandre Pereira, dois amigos de infância, estudantes do curso de direito foram presos com mais de cinco quilos de crack, cocaína e material para embalar entorpecentes. Eles ainda estavam com uma arma e munição.
 
Segundo a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), durante o mês de junho mais de 2500 pessoas foram presas acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas. Desse total, 43 pessoas possuem ensino superior e quase 100 cursavam faculdade no momento da detenção.
Para a polícia, muitas vezes a diferença entre jovens de classe média e de periferia envolvidos com o tráfico são as drogas que eles consomem e comercializam. Enquanto nos bairros pobres o crack é mais comum, nas faculdades e festas da classe média as drogas sintéticas, como o ecstasy, são mais consumidas.
 
“Essas drogas mais caras, as sintéticas, são encontradas quase que exclusivamente com esse tipo de classe social”, disse o delegado Dyego Yamashita.

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