O coronel Marcos Alexandre Santos de Almeida, comandante do 5º Comando de Policiamento de Área (CPA), em Volta Redonda, foi exonerado na quarta-feira do cargo. O oficial foi o primeiro militar punido por ter visitado o sargento Marcos Vieira de Souza, o Falcon , preso no Batalhão de Choque, no Estácio. Acusado de comandar a milícia em Madureira e Oswaldo Cruz, Falcon foi preso em abril em frente ao prédio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) com pistolas, 590 cápsulas e R$ 33 mil. Em 24 dias, ele recebeu a visita de mais de 160 pessoas, entre elas vários PMs.
Falcon está sendo julgado por um conselho de disciplina. A ideia do comando da PM é manter o oficial afastado até que uma decisão seja tomada.
- O oficial não está descartado para um cargo no futuro, mas terá de ficar afastado para que possamos garantir uma investigação isenta a todos que visitaram o sargento - disse o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte.
Diretor de carnaval da Portela, Falcon foi preso em flagrante junto com outros três homens por porte ilegal de armas. Eles escoltavam Paulo Ferreira Júnior, o Paulinho do Gás, integrante da milícia chefiada pelo vereador Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, que está preso, para se entregar na Draco. A escolta do foragido despertou a atenção dos policiais da Draco, que decidiram revistar o veículo, uma Pajero blindada, onde acharam as armas, a munição e o dinheiro. Falcon já teve o nome citado no relatório da CPI das Milícias.
Falcon, segundo investigadores, estaria lotado na Core desde 2002. No início do ano, por determinação da Secretaria de Segurança, todos os PMs cedidos à Polícia Civil foram devolvidos à corporação. Falcon, entretanto, não teria se apresentado. Se for expulso da PM, ele será transferido para um presídio comum. Hoje o sargento está no Batalhão de Choque porque alega que poderá ser morto se ficar no Batalhão Especial Prisional, onde ficam PMs presos.
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