O RIO MANCHADO DE VERMELHO
Falar aqui do descaso do governo estadual em relação ao funcionalismo público e em particular daqueles que representam à “arraia-miúda” das diversas instituições de Estado seria redundante se em análise estive a forma de governar do senhor Sérgio Cabral e seu “staff”, o que não é o caso.
Mas não podemos deixar de mencionar que nenhuma oposição a seu governo é tolerada. Às chefias e comandos são dadas generosas gratificações para que mantenham a disciplina de seus subordinados para que estes não se rebelem contra os péssimos salários que recebem, mas aos que insistem em se opor, ou perdem a chefia e comando ou ainda correm o risco de responderem a inquéritos policiais, administrativos ou ambos. Essa é a forma de governar de Sérgio Cabral. A corrupção e o medo.
Mas não podemos deixar de mencionar que nenhuma oposição a seu governo é tolerada. Às chefias e comandos são dadas generosas gratificações para que mantenham a disciplina de seus subordinados para que estes não se rebelem contra os péssimos salários que recebem, mas aos que insistem em se opor, ou perdem a chefia e comando ou ainda correm o risco de responderem a inquéritos policiais, administrativos ou ambos. Essa é a forma de governar de Sérgio Cabral. A corrupção e o medo.
A título de ilustração, e que poucos sabem, é que na Alemanha Nazista cerca de 90% da população daquele país apoiava as atitudes de seu representante mor. Hoje se sabe que tal sucesso tinha por trás a propaganda de governo, assim como acontece no Rio de Janeiro de hoje, onde o PMDB de Cabral tem a seu lado as Organizações Globo que só veicula aquilo que é do seu interesse, ato bem característico dos sistemas fascistas de outrora, mas que nunca foram tão atuais em certos governos.
Aqui, os traficantes de drogas são avisados com antecedência das incursões policiais que objetivam a criação das Unidades de Polícia Pacificadora, as chamadas UPP’s. Desta feita, os marginais conseguem deixar seus esconderijos levando suas armas e drogas em total segurança.
Por outro lado, as coisas realmente relevantes e que deveriam ser levadas ao conhecimento público não o são por essa mesma mídia, como as péssimas condições de trabalho e salários dos servidores públicos, da má administração pública e de pessoas que deveriam estar na cadeia, e não chefiando pessoas.
Que a natureza e importância do trabalho dos bombeiros dispensa maiores comentários disso todos sabem e têm consciência. Mas infelizmente esses bravos combatentes foram abandonados à própria sorte pelo Estado. Além de covardemente agredidos, foram presos e humilhados como se marginais da mais alta periculosidade os fossem. Eram apenas pais e mães de família em busca da dignidade que lhes foi roubada.
Os bombeiros militares foram a única categoria que demonstrou organização e consciência de classe para se opor e enfrentar pacificamente o governo Sérgio Cabral. Não é à toa que carregam a marca de “herois” e destemidos, mas infelizmente foram recebidos à porrada pelo governo Sérgio Cabral.
Não vou aqui crucificar a Polícia Militar, pois bem sei de quão valorosa ela é, mas não posso deixar de consignar a covardia, a truculência e a maldade de um tal Coronel Milagres e alguns integrantes do Bope. Esse sujeito deveria ser processado na mais última instância da justiça por abuso de autoridade. Ademais, é um covarde e medroso, pois enquanto estava atrás da sua tropa – o BPChoque -, utilizou-se de spray de pimenta para lançar nos bombeiros que estavam sentados à sua frente e sem esboçar qualquer reação contra os policiais que faziam suas guardas. Foi uma agressão gratuita do comandante.
Agir dessa forma é fácil, coronel Milagres. Mas por que o senhor correu quando apenas um combatente foi em sua direção? A televisão mostrou a imagem. Ficou com medinho de apanhar? Onde está a sua valentia? A meu ver, coronel, um senhor é um covarde e um medroso, que só se sente homem e valente quando está com a sua tropa. Não me surpreenderia em saber que o senhor nunca tenha trocado tiros com vagabundos. O senhor tem o perfil de coronel de gabinete, que só sai às ruas para participar de fiscalizações da Lei Seca. Graças a Deus o senhor não representa a Polícia Militar, a qual possuo muitos amigos, desde soldados a coronéis, mas nenhum seguramente com o seu perfil. Mas não vou aqui perder meu tempo falando de uma pessoa tão desprezível quanto o senhor, isso eu deixo para a imprensa marrom. Meu objetivo aqui é infinitamente o seu oposto e o que o senhor representa enquanto ser humano.
O momento agora é de solidariedade. Liberdade ampla e irrestrita aos bombeiros militares presos. Chega de demagogia, Sérgio Cabral. Coloque professores bem remunerados nas salas de aula, remunere dignamente bombeiros, policiais e profissionais de saúde. O Rio de Janeiro não merece tanto descaso. Todos à rua em apoio aos bombeiros militares!!!
A luta continua
* Marcelo Adriano Nunes de Jesus é professor graduado em História com especialização em História do Brasil; mestrando em História Social; e aluno especial em Sociologia Política pela UENF e assessor de Comunicação da Prefeitura de Bom Jesus do Norte-ES.
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