quarta-feira, 29 de junho de 2011

"NOVIDADE". RIO: Polícia Civil encontra micro-ondas do tráfico na Rocinha

Policiais Civis da Divisão de Homicídios (DH) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) encontraram, nesta quarta-feira, um local com características de um micro-ondas de traficantes na Favela da Rocinha, em São Conrado, onde a modelo Luana Rodrigues, de 20 anos, pode ter sido morta. Aproximadamente 130 homens realizam uma operação na comunidade, especialmente na Divineia, a procura do corpo da jovem.
Foto: Reprodução
Luana de Sousa, 20, sempre atraiu olhares: suposto relacionamento com policial pode ter sido a causa do crime | Foto: Reprodução
Os agentes utilizaram cães farejadores, pás e enxadas em uma área de mata densa, mas ainda não encontraram o corpo da jovem - a polícia não trabalha mais com a possibilidade de Luana ser localizada com vida. No local do suposto microondas, os policiais encontram pneus e arames queimados. Nenhum tiro foi disparado.

A DH informou que as pistas sobre o possível lugar que Luana poderia ter sido enterrada foram passadas ao Disque Denúncia (2253-1177) durante o fim de semana e por pequenas incursões na Rocinha. Se o corpo for encontrado, os agentes farão uma perícia. A DH enviou 100 homens e a Core outros 30.

Luana Rodrigues desapareceu no dia 9 de maio depois de sair de casa e não voltar mais. A jovem tinha um filho de 2 anos com um morador da favela, morava na Estrada das Canoas e fazia parte da agência de modelos Dream model's. Pouco depois de desaparecer, parentes dela estiveram na Rocinha em busca de informações e receberam a notícia de que ela teria sido morta por traficantes - Luana foi vista pela última vez em frente a uma loja de venda de veículos dentro da comunidade. O motivo da morte teria sido um romance da modelo com um policial militar.

Antes de desaparecer, Luana teria falado com 16 pessoas, de acordo com os registros telefônicos da modelo. A Polícia Civil considera que duas das ligações são fundamentais para esclarecer o caso, pois provavelmente a jovem já estava em poder de traficantes na parte mais alta da favela quando as fez.

As informações obtidas pela polícia através do celular de Luana levam as autoridades a acreditar que ela tinha ligação com traficantes. Testemunhas, que estão sendo mantidas em sigilo, afirmam que ela trabalhava para o tráfico fazendo o transporte de drogas da Rocinha para o Morro de São Carlos, no Estácio. Após a pacificação da comunidade, ela continuou a trabalhar para o traficante Antônio Carlos Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Luana teria sido morta por trair a confiança do chefe.

O tráfico usava Luana para o transporte de drogas em decorrência de sua boa aparência, que não despertava suspeitas. A polícia investiga agora o que a jovem teria feito para desagradar os bandidos.
Reportagem: Isabel Boechat e Márcio Reis - O DIA

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