terça-feira, 10 de maio de 2011

Dona de safári ilegal, fazendeira já chefiou ONG de meio ambiente



No Pantanal de Mato Grosso do Sul, onças e outros animais em extinção foram mortos por turistas brasileiros e estrangeiros. Cada um dos turistas pagava de US$ 30 mil (R$ 49 mil) a US$ 40 mil (R$ 64,8 mil) para praticar expedições de caça aos animais. Na ação desencadeada na noite de quinta-feira (5), a Polícia Federal descobriu que os caçadores se reuniam na fazenda Santa Sofia, localizada em Aquidauana (159 quilômetros de Campo Grande), de onde partiam os safáris. O lugar surpreendeu os policiais.


Safáris aconteciam há pelo menos 15 anos, diz delegado
A polícia acredita que os safáris organizados na fazenda Santa Sofia, de propriedade da pecuarista Beatriz Rondon, para caçar onças pardas e pintadas no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, aconteciam há pelo menos 15 anos, de forma organizada. Segundo o delegado Alexandre do Nascimento, da Polícia Federal de Corumbá, estima-se que 50 turistas participavam dos safáris por ano - uma média de cinco por mês. Num ritual, eles bebiam goles de cachaça misturada ao sangue das onças abatidas. O delegado está reunindo provas da atividade ilegal e pode pedir a prisão preventiva de Rondon.


- Achamos na fazenda fotos com mais de 20 anos que atestam que as caçadas já aconteciam. Calculamos que há pelo menos 15 anos a atividade está sendo feita de forma organizada. Estamos esperando os laudos sobre os animais, armas e munições apreendidos na fazenda. Só depois de termos essas provas é que deveremos pedir a prisão preventiva dela - disse o delegado.



Leia mais em Vídeo mostra safári em busca de onça no Pantanal. Animal é perseguido, leva tiro na cabeça e, finalmente, é atacado por cachorros.

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