sexta-feira, 29 de abril de 2011

ES: Prisão de despachante de Venda Nova suspeito de envolvimento na máfia dos caminhões é decretada

O delegado Paulo Roberto confirmou
que a morte da diretora da Ciretran
de Pedra Azul foi planejada.
foto: Bernardo Coutinho.
A polícia pediu a prisão preventiva do despachante de veículos Marcelo Alves Moreira. O Ministério Público deu parecer favorável ao pedido, agora só falta a decisão da Justiça. Marcelo atuava no município de Venda Nova do Imigrante e é apontado como suspeito de fazer parte de uma quadrilha que falsifica documentos para a legalização de caminhões roubados em rodovias federais, entre elas, a BR 262.

Leilões fraudulentos eram organizados pelos integrantes dessa quadrilha a fim de legitimar todo o esquema, que terminava na emissão de documentos "frios", vindos de Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretrans) espalhadas pelo país - incluindo a de Venda Nova do Imigrante - para os veículos que tinham sido roubados e arrematados pelos próprios golpistas.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), que recebeu do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) todo o processo administrativo de apuração das denúncias de fraude, levantadas pelo órgão.

Segundo o delegado Gilson Gomes, titular da Defa, o pedido da prisão preventiva do despachante (que já foi descredenciado pelo Detran) ocorreu a partir da existência de documentos que comprovam a participação dele na emissão de documentos falsos a essa quadrilha.

Além disso, Gomes destacou que teme que o despachante seja vítima de uma queima de arquivo. "As investigações estão no início. Sabemos que esse grupo é forte, grande e que age em âmbito nacional. Esse despachante é apenas uma peça desse esquema", alertou o delegado.

A polícia já investiga se a morte da chefe da Ciretran de Pedra Azul, em Domingos Martins, Rosimary Gerhardt Bortulini Grecco, foi vítima dessa quadrilha.

Ela foi morta com três tiros na última quinta-feira, na frente dos colegas. A polícia ainda procura saber quem são os assassinos, e não descarta a ligação da morte dela com a máfia dos caminhões. "Ela não aceitou a adulterar placa. Ela morreu porque disse não", garantiu o cunhado da vítima, Ademir Stein, durante o enterro dela, na manhã de ontem, à TV GAZETA.

O esquema de roubos e fraudes de caminhão foi denunciado pelo Fantástico, da TV Globo. A quadrilha teria movimentado R$ 2 bilhões.


Leia mais em O delegado pediu a prisão do despachante para evitar que Marcelo fuja ou que seja assassinado, como queima de arquivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário