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| Fotos: Nerter Samora |
O governador do Estado, Renato Casagrande, reuniu a imprensa no dia 24/2 para divulgar as linhas gerais do resultado do Seminário de Planejamento Estratégico da gestão 2011-2014. Depois de dois dias de encontros fechados entre membros do governo, Casagrande anunciou projetos e investimentos voltados, sobretudo, para a área social e no atendimento das demandas da parcela “vulnerável” da população.
Serão assistidas as áreas de Assistência Social, Educação e Saúde e Segurança Pública. Nesta última, o governador evitou fazer previsões em relação à queda dos índices de homicídios. Sobre obras e licitações, suspensas até a realização do seminário, o governador afirmou que o andamento das obras será condicionado ao equilíbrio fiscal do Estado, porém, a política de incentivos fiscais iniciadas pelo sucessor deverá continuar.
No início da fala aos jornalistas o governador estimou que o planejamento estratégico – cuja primeira versão deverá ser divulgada entre 20 e 30 dias – trará cerca de 200 projetos. Os planos serão enquadrados nos dez eixos estratégicos criados pelo governo desde a posse, no primeiro dia deste ano. “Alguns projetos devem integrar uma ou mais áreas. Os componentes devem trazer ideias que serão reproduzidas pelos gestores responsáveis, estes que se reunirão junto com o governador”, disse.
Governar como olhar para os "vulneráveis
Assim como fez no discurso de posse, quando anunciou que irá governar para àqueles que mais precisam, Casagrande bateu na tecla do enfrentamento à pobreza. O chefe do Executivo Estadual divulgou mudanças no modelo de transferência de recursos aos municípios. Ao invés de convênios, o governo fará a transferência direta dos recursos, mediante a formalização de um contrato com metas.
No ano de 2011, a meta do governo é dobrar os repasses do Fundo de Combate à Pobreza – hoje próximos a R$ 12 milhões – e ampliar a infra-estrutura dos centros de referência da área. Até o final do ano, o governo deverá inaugurar 20 CRAs e a expectativa é que saiam do papel outros 25 centros deste tipo até 2014. Casagrande também anunciou novos 12 CREAs, centros voltados para o atendimentos mais especializado.
Nas áreas consideradas mais vulneráveis, tanto da Grande Vitória, quanto no interior, a meta é abrir 20 mil vagas de qualificação profissional este ano. Até o final do mandato, a intenção é da abertura de novas 100 mil vagas de especialização. Também deverão sair do papel, o programa “Carteira de Habilitação Social” com o subsídio das taxas na obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para pessoas carentes e a Rede de Inclusão Produtiva, em parceria com o governo Federal, para dar capacitação para os atendidos pelo programa Bolsa Família. Apenas este ano, o custeio do programa está avaliado em R$ 12 milhões.
O governador anunciou também a ampliação das linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que será atendida pelos bancos estatais (Banestes e Bandes). Até 2014, o governador pretende inaugurar pontos de telefonia móvel em até 120 distritos. “Hoje a falta de telefonia é um entrave no interior. Todas as sedes já possuem telefonia móvel, mas é preciso levar para mais pontos para dar melhor qualidade de vida, incrementar o turismo e a comunicação”, analisou o socialista nascido em Castelo (região sul do Estado).
Realismo no combate à violência
Para a última perna do “tripé” de gargalos deixados do governo Paulo Hartung, o governador confirmou uma nova política de segurança pública. Sem citar metas objetivas para a redução do índice de homicídios, Casagrande apontou que a prioridade no início de trabalho, sem indicar até quando, será a reestruturação dos órgãos ligados à Segurança Pública. O governador anunciou o aumento no efetivo das policias Civil e Militar, bem como a melhoria na infra-estrutura de delegacias, batalhões e regimentos do Corpo de Bombeiros.
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