Denise Zandonadi
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Além de povoar o mar do Estado, de Norte a Sul, de grandes navios-plataformas do tipo FPSO, o petróleo vai mudar também a cara do litoral com a instalação de terminais portuários destinados, principalmente, ao apoio às plataformas.
Há pelo menos sete projetos para serem implantados no Estado - em Aracruz, Vila Velha, Anchieta e Itapemirim - destinados a atender as plataformas de petróleo que atuam no litoral capixaba e de Estados vizinhos. Apesar de não terem sido divulgados todos os valores, o projeto em Itapemirim deverá receber US$ 200 milhões, enquanto que os dois em Vila Velha devem custar US$ 1,2 bilhão.
Em Vila Velha, na Enseada de Jaburuna, na área onde funciona um presídio (o IRS), a Nisibra, empresa ligada ao grupo Arara Azul; e a Nova Holanda, do grupo Otto Andrade, têm planos de implantação de terminais portuários para apoio ao setor de petróleo.
Os portos não deverão ter somente esta destinação, segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano de Vila Velha, Harlen Silva. "São terminais que poderão oferecer multiplicidade de atividades, apesar de a primeira destinação ser mesmo petróleo e gás", explica o secretário.
Com o processo de licenciamento ambiental já em andamento, a estimativa das empresas é de começar a instalar os terminais no primeiro semestre de 2012. A área que poderá ser destinada para estes dois projetos e outros que vierem se instalar na região chega a um milhão de metros quadrados.
No plano de desenvolvimento de Vila Velha, estes dois projetos poderão gerar 30 mil postos de trabalho na implantação e, depois, na operação. Consta do plano, o incentivo à instalação, na área da Enseada de Jaburuna, de uma base de empresas do setor metalmecânico para funcionar integrada ao segmento de petróleo, explica o secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix Bezerra.
A Companhia Portuária Vila Velha (CPVV), terminal que hoje só se dedica ao atendimento das embarcações que prestam serviço para a Petrobras, também tem projeto de ampliação do cais de atracação, que passará de 250 metros para 430 metros.
Aracruz
São dois projetos deste tipo previstos para Barra do Riacho, em Aracruz. Um da empresa Imetame e outro da Nutripetro. O segundo prevê a implantação de um terminal de apoio a embarcações que levam suprimentos, pessoal e material para as plataformas e, ainda, a instalação de uma base de apoio para atividades de petróleo e gás.
Já a Imetame quer investir em terminal de equipamentos e módulos e também apoio para as atividades das plataformas.
No Sul, Petrobras planeja um porto próprio
No litoral Sul, começando por Ubu, em Anchieta, a Petrobras tem planos de construir seu próprio porto de apoio às atividades no mar. A companhia está em fase de finalização do projeto técnico.
O objetivo é ter mais um terminal para atender as embarcações já que o porto na região de Macaé (RJ) não tem mais condições de atender todas as necessidades da empresa.
Em Itapemirim, indo mais para o Sul, a empresa norte-americana Edison Chouest está na fase de licenciamento junto ao Ibama do projeto de instalar um porto e oficina de reparos de barcos e navios de médio porte.
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Segundo o deputado estadual Theodorico Ferraço, em uma área de 800 mil metros quadrados, na Praia da Gamboa, 600 empregos deverão ser criados na operação da empresa e outros mil postos de trabalho na implantação do projeto. Serão investidos US$ 200 milhões.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix Bezerra, há grupos regionais interessados em investir neste segmento também em Presidente Kennedy, também no Sul do Estado. "São vários projetos, o que não significa que todos serão efetivamente concretizados. O setor, no entanto, é muito promissor", avalia Bezerra.
Hoje tem reunião de mobilização pró-royalties
Está marcada para as 14 horas de hoje, no Palácio Anchieta, a reunião convocada pelo governador Renato Casagrande com as bancadas federal e estadual e representantes da sociedade. A pauta do encontro é a proposta do senador Wellington Dias (PT-PI) que prevê pagamento de royalties para os Estados produtores com base no cálculo sobre a média do que foi pago nos últimos cinco anos. A nova proposta poderá tirar R$ 660 milhões por ano de royalties do Estado e municípios capixabas.
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