domingo, 31 de julho de 2011

BOM JESUS DO ITABAPOANA-RJ: 1º VELOCROSS

ES: INVESTIGADORES CONCURSADOS: Mensagem do coordenador Investigador Alessandro da Victória, aos amigos pc's que estão chegando!

 

A face do terror

A imagem da semana é a deste psicopata norueguês Anders Behring Breivik, de camisa vermelha, saindo do tribunal. Seu rosto, meu Deus, não revela nenhum sinal de tensão ou abatimento. Aliás, o policial a seu lado mostra na face mais preocupação. O demônio em forma de gente, observe, parece uma pessoa normal e não um ser humano que tirou a vida de 76 pessoas, a maioria jovens na flor da idade. E é aí que mora o perigo.

Veja aqui abaixo as opiniões de dois conhecidos psicanalistas sobre esta foto que chocou o mundo.

Missão cumprida
“Nesta foto, Breivik exibe no rosto orgulho de quem cumpriu uma missão. E ele sabia que ser preso era parte da missão. Não tentou fugir, não tentou se esconder. Pelo contrário, se entregou. Se dessem espaço, ele iria à TV discursar. Em sua cabeça maluca, ele tem a ideia de que cumpriu sua tarefa, se sentiu um herói, o homem da revolução.” (Luiz Alberto Py, médico psiquiatra e psicanalista)

Mona Lisa kitsch
“Breivik é um serial killer que quer elevar sua realidade subjetiva de ódio totalitário a modelo e norma da vida coletiva, à política. Este é o trabalho do fascista. Sua imagem tranquila, segura e triunfante diante de seu julgamento, espécie de Mona Lisa kitsch, ariano-nórdica (o avesso estético de Bin Laden, para o mesmo tipo de posição totalitária), é a ação política de convocação pela imagem de uma falsa vitória, para quem queira amar esta mãe-pai europeia pura, que autoriza e libera toda a crueldade humana.” (Tales A. M. Ab’Sáber, psicanalista, professor da Unifesp).

http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/

Aparece mais um funcionário-fantasma no Dnit, chamado Conde Neto. Detalhe interessante: foi nomeado em ato assinado por outro funcionário-fantasma, Fred Dias.

Carlos Newton - tribunadaimprensa.com.br
As irregularidades não param de surgir no Ministério dos Transportes. A exemplo do funcionário-fantasma Frederico Augusto de Oliveira Dias — amigo do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) e descoberto pelo jornal  “Correio Braziliense” despachando com prefeitos em Brasília —, a Superintendência do Dinit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em São Paulo também tem uma versão própria do “doutor Fred”, como é conhecido.

Da mesma forma como Fred Dias agia em Brasília, na sede do Ministério dos Transportes, onde tinha sala própria sem ser funcionário e assessorava diretamente o então ministro Alfredo Nascimento, em São Paulo o funcionário-fantasma Condiberto Queiroz Neto, apelidado de Conde, não tem vínculos formais com o Dnit, mas despacha na sede da Superintendência paulista, usa a estrutura do órgão e dá ordem aos servidores, que são chamados para “despachar” com ele.

Condiberto também é apontado como interlocutor das empreiteiras com o Dnit. Assim como Fred Dias, também foi “indicado” para a função de “funcionário-fantasma” pelo deputado Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR, que detém o controle do partido e estende sua influência às superintendências estaduais do Dnit em todo o país. O parlamentar também tinha sala privativa no Ministério e despachava normalmente lá.

No Dnit de São Paulo, Conde Neto foi flagrado trabalhando normalmente, terça feita passada, pela reportagem do Correio Braziliense, cujo telefonema foi atendido pelo funcionário-fantasma em seu ramal exclusivo. As servidoras da recepção e a secretária que repassou o telefonema informaram que Condiberto é o “assessor da superintendência”, comandada por Ricardo Rossi Madalena, filiado ao PR, que tem na folha corrida uma condenação por peculato a dois anos e quatro meses de prisão por desviar sacos de cimento da Prefeitura de Ipaussu, no interior paulista, quando seu pai era prefeito (1989 a 1992). Ele recorreu e conseguiu cumprir a pena, reduzida a um ano e dois meses, em regime aberto.

Quanto a Conde Neto, na verdade é ex-funcionário. No início de 2008, uma servidora foi exonerada do cargo para que o afilhado de Valdemar da Costa Neto fosse encaixado na superintendência em São Paulo, nomeado para coordenar a administração hidroviária do órgão em São Paulo. Mas, na briga por cargos para acomodar os aliados políticos do PR, ele acabou exonerado, até ser novamente nomeado, em agosto de 2008. Dessa vez, para a coordenação hidroviária no Rio Grande do Sul. Porém, mesmo lotado no cargo no Sul do país, sua rotina de trabalho continuava em São Paulo.

Somente em dezembro de 2008, o ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot assinou a cessão do servidor do Rio Grande do Sul para São Paulo. Detalhe: o encaminhamento do retorno de Conde para a superintendência paulista é assinado por Frederico Augusto de Oliveira Dias, o outro funcionário-fantasma do Ministério. Conde compunha oficialmente a comissão de licitação do Dnit de São Paulo até dezembro de 2009, quando foi exonerado.

Apesar de estar frequentemente na sede do Dnit em São Paulo, ser conhecido pelos funcionários e ter espaço físico para despachar, Conde Neto alega que atua como “consultor da área de Meio Ambiente” para o órgão e nega ter estrutura de trabalho no departamento. “Eu trabalhava no Dnit, mas agora estou prestando consultoria. Trabalho na área de meio ambiente. Fico onde todo mundo senta”, justificou.

Na verdade, ele age como se fosse assessor da superintendência do Dnit, na área das rodovias. Mas a liberação de terrenos que fazem parte do inventário da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que tem mais de 50 mil imóveis, também passa pela análise dele.

Conde Dias é ligado ao deputado federal Milton Monti (PR-SP), acusado por Geraldo de Souza Amorim, ex-administrador da chamada Feira da Madrugada, de pedir propina para manter o empresário à frente do comando do mercado paulistano. A feira é um comércio que abriga 4,5 mil feirantes em terreno que pertence à RFFSA na capital paulista. Outro detalhe: Conde Neto doou R$ 8 mil para a campanha de Monti em 2006. Portanto, assim fica tudo explicado e justificado, na formação dessa estranhíssima quadrilha.

O dinheiro era para o partido. A advogada que gravou o vídeo da corrupção na ANP afirma a ÉPOCA que a propina exigida na gravação acabaria nos cofres do PCdoB – cujos dirigentes comandam com mão de ferro a agência

DIEGO ESCOSTEGUY - ÉPOCA
Montagem sobre fotos Shutterstock
O comunista Haroldo Lima não detém conhecimentos técnicos sobre petróleo, mas sabe tudo de política. Aos 71 anos, o atual diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) já fez muito pela esquerda. Militou no movimento estudantil, fundou a organização Ação Popular, a AP, na qual combateu a ditadura militar, e, há 39 anos, apaixonou-se pelo PCdoB. É um dos mais antigos e dedicados quadros do partido, pelo qual cumpriu cinco mandatos como deputado federal. Num deles, elegeu-se com o mote “botando para quebrar”. A exemplo de tantos outros políticos de sua geração, sacrificou-se pelos ideais da esquerda, mas capitulou aos encantos da direita. Em 2003, em reconhecimento a seus serviços, o então presidente Lula nomeou Haroldo para uma diretoria na ANP.

Desde então, Haroldo socializou cargos e contratos entre os camaradas do PCdoB. Fora, assegurou – com muito custo – o próspero acúmulo de capital dos grandes empresários do setor petrolífero. Essa ambiguidade de papéis, subproduto do aparelhamento partidário do Estado brasileiro, não poderia dar certo. Conforme revelou ÉPOCA na capa de sua última edição, viraram regra a cobrança de propina e os achaques a empresários que precisam das canetadas dos burocratas da ANP. A reportagem trouxe a público evidências fortes da corrupção na ANP, como cheques, e-mails, relatos de empresários extorquidos – e até um vídeo em que uma advogada que atua no ramo é achacada por dois assessores da ANP. Todo o material integra uma investigação sigilosa, iniciada pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

No vídeo, gravado em maio de 2008, Antonio José Moreira, então procurador da ANP, e Daniel de Carvalho Lima, estagiário da agência, cobram R$ 40 mil da advogada Vanuza Sampaio para liberar o registro de um cliente dela, a distribuidora de combustíveis Petromarte. Ambos dizem falar em nome do dirigente do PCdoB Edson Silva, então superintendente de Abastecimento e hoje assessor de Haroldo Lima. Os dois assessores da ANP dizem no vídeo que o valor de R$ 40 mil foi estipulado por Edson Silva e que ele receberia R$ 25 mil do total.

Assim que a reportagem foi publicada, a direção da ANP, em vez de determinar a investigação dos fatos, esforçou-se por tentar desqualificar o caso. A ANP chegou a anunciar que a advogada Vanuza foi interpelada judicialmente – e que ela teria negado qualquer acusação contra o comunista Edson Silva. Não é verdade. “Fui interpelada em razão de uma matéria que saiu na imprensa contra o senhor Edson Silva.

Apenas neguei que fosse fonte da referida matéria. Nunca voltei atrás em nada”, disse a advogada Vanuza. Ela, diante da repercussão do caso, aceitou falar a ÉPOCA na semana passada. Vanuza esclareceu, sobretudo, o que já se suspeitava: os dois assessores da ANP disseram a ela que o dinheiro cobrado iria para o caixa do PCdoB (leia a entrevista) .

Não é por acaso que a ANP reagiu agressivamente às acusações: até a máquina publicitária da agência tem muitas afinidades com Haroldo Lima – e depende dele. A Leiaute Propaganda, agência baiana contratada pelo baiano Haroldo Lima para comandar a publicidade da ANP, tem entre seus sócios amigos e camaradas do próprio Haroldo Lima. Sidônio Palmeira e Liani Sena, dois dos donos da Leiaute, são filiados ao PCdoB, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral. Antônio do Carmo, até há pouco tempo diretor da Leiaute, integrou o PCdoB por 18 anos. Os laços entre Sidônio Palmeira e Haroldo Lima são antigos: eles militaram juntos no movimento estudantil da Bahia. Hoje, a ANP do comunista Haroldo Lima gasta R$ 7,7 milhões anuais com a empresa de Sidônio. A mesma Leiaute prestou serviços nas últimas campanhas eleitorais do petista Jaques Wagner ao governo da Bahia, disputadas com o apoio do PCdoB. (Hoje, a Leiaute também detém as contas publicitárias do governo da Bahia.)

Uma das sócias da Leiaute, Liani Sena, disse que nem ela nem Sidônio Palmeira são ou já foram filiados ao PCdoB, apesar das evidências em contrário. Ela afirmou ainda que o contrato da agência com a ANP obedece a todas as exigências da lei. “Foi um processo de licitação legal do governo federal”, disse.

Procurada, a ANP, em resposta a perguntas enviadas pela reportagem de ÉPOCA, disse que o contrato com a Leiaute foi “auditado pelos órgãos de controle externo, que nunca registraram qualquer irregularidade na sua execução”.
ABr (2), Folhapress, JCom/D.A Press (2), AE, Futurapress e reprodução (2)

ES: Traficantes tentam matar mulher a pedradas após sumir com o dinheiro de drogas em Cariacica

Folha Vitória


Uma mulher sofreu uma tentativa de homicídio a pedradas no bairro Itacibá, em Cariacica, na manhã deste domingo (31). O crime aconteceu na Tv Paz, proximidades do antigo frigorifico Frincasa. Segundo a polícia o crime seria por cobrança de dívida com o tráfico de drogas.

De acordo com informações do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Cariacica, a mulher estaria vendendo drogas para os traficantes, mas havia sumido com o dinheiro. Foi quando os bandidos resolveram tentar matá-la com pedradas na cabeça  no rosto.

Ainda segundo informações do DPJ de Cariacica, a vítima está em situação crítica no hospital São Lucas e se encontra com o rosto bastante desfigurado.

ES: Policial militar reage a tentativa de assalto e é baleado em Cariacica. Soldado de 25 anos chegava em casa quando foi abordado por dois homens. Houve troca de tiros e um casal foi rendido pelos bandidos.

TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

Um soldado da Polícia Militar foi baleado na perna e no pé após reagir a um assalto no bairro Morada de Santa Fé, em Cariacica. Ele estava estacionado o carro na rua e caminhava para abrir o portão da garagem. Foi quando dois bandidos desceram de outro veículo, parado um pouco mais à frente, e anunciaram o assalto.

Mesmo baleado, o soldado de 25 anos correu a procura de ajuda. As marcas de sangue ficaram pelo asfalto. O crime aconteceu a poucos metros da casa dele, em Morada de Santa Fé, Cariacica. O veículo do PM também foi atingido. Os bandidos fugiram.

Um deles roubou uma moto, que estava estacionada em frente a um bar. O estabelecimento conta com sistema de videomonitoramento, mas, segundo o proprietário, as câmeras não flagraram o crime. O soldado foi encaminhado para o Hospital São Lucas, em Vitória, medicado e liberado logo depois.

Irmão de líder do governo no Senado cai atirando: “Só tem bandido na Conab”. Escândalo bate à porta de Michel Temer!

Luiz Inácio Apedeuta da Silva já se mobilizou para que tenha fim o esforço moralizador do governo. Ele quer que fique tudo como está, com cada corrupto em seu lugar, garantindo o equilíbrio do conjunto. Gilberto Carvalho, seu espião no Planalto, secretário-geral da Presidência, mandou um recado à base aliada: “Não haverá caça às bruxas”. Queria dizer com isso que, agora, vai ficar tudo bem, que o preço da governabilidade é a eterna impunidade. Esse é um raciocínio que, incrivelmente, começa a fazer frutos no Brasil. Um colunista da Folha Online até lançou uma questão que há de excitar a curiosidade acadêmica: Obama só estaria enfrentando dificuldades por falta de um PMDB… Então vamos falar um pouquinho sobre o… PMDB!

Há um mês, vocês se lembram, VEJA trouxe à luz as lambanças no Ministério dos Transportes. Até agora, já houve 22 demissões, incluindo o ministro, Alfredo Nascimento, do PR. Na semana passada, a revista informou que Oscar Jucá, então diretor financeiro da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão do Ministério da Agricultura, havia autorizado o pagamento de R$ 8 milhões a uma empresa-fantasma que tinha como sócios um pedreiro e um vendedor de carros. Oscar, que é irmão de um Jucá mais famoso, o Romero — líder do governo no Senado (PMDB-RR) —, foi demitido por Wagner Rossi, ministro da Agricultura. Rossi é considerado um dos homens fortes do vice-presidente Michel Temer.

O caso esquentou. Romero pegou o telefone e ligou para o vice-presidente: “Se você execrar o meu irmão, eu vou de foder”. O interlocutor respondeu que sua própria manutenção como líder do governo estava condicionada à demissão do irmão. Os dois negam que a conversa tenha tido esse tom. Bem, o fato é que. Oscar deixou o posto, mas decidiu botar a boca no trombone em entrevista à VEJA desta semana.

Segundo o ex-diretor, existe uma verdadeira máfia tomando conta da Conab, e PMDB e PTB dividem os frutos da roubalheira. A estatal estaria, por exemplo, protelando o pagamento de uma dívida de R$ 14,9 milhões à empresa Caramuru Alimentos porque se está negociando um, atenção!, pagamento maior: R$ 20 milhões. Os R$ 5,1 milhões  a mais iriam para o bolso da cúpula do Ministério. Outra lambança: em janeiro deste ano, um terreno pertencente à empresa foi vendido por R$ 8 milhões, um quarto do valor de mercado. O comprador é um amigo do senador Gim Argello (PTB-DF). Oscar é taxativo: “A Conab é pior do que o Dnit”. Segundo ele, o esquema envolve o próprio ministro da Agricultura; o presidente da estatal, Evangevaldo Moreira dos Santos, e o procurador-geral, Rômulo Sulz Gonsalves Júnior, ambos do PTB.

Leia íntegra da reportagem na revista desta semana. Seguem trechos da entrevista de Oscar Jucá à VEJA. Volto em seguida:
(…)
 
O senhor está insinuando que o ministro da Agricultura está envolvido com irregularidades?
Tenho convicção disso, mas não tenho como provar. O ministro e’ um homem do Michel Temer. Faz o que o Temer manda. Mostrou que é poderoso. Deve proporcionar ao vice-presidente muita coisa boa, que eu com certeza não proporcionaria.

É fato que seu irmão reagiu às acusações feitas contra o senhor ameaçando o vice-presidente da República?
Meu irmão deu um recado duro, muito firme ao vice-presidente Temer: não permitiria que eu fosse execrado publicamente. Todo o meio político sabe dos detalhes dessa conversa.
(…)
 
E o terceiro encontro?
O ministro me chamou outra vez ao gabinete dias depois. Dessa vez mais calmo, sugeriu que eu pensasse na possibilidade de mudar de cargo e disse num tom de voz enigmático: “Fica tranqüilo que você vai participar de tudo”.

O senhor entendeu isso de que maneira?
Receber dinheiro por fora.

Propina?
É, para eu ficar quieto. E eu não topei. Dias depois, quando vocês publicaram a matéria, o Milton Ortolan (secretário executivo do Ministério da Agricultura) ligou e disse que a minha situação era insustentável, que era para eu pedir demissão: “Oscar, fica tranqüilo porque nós vamos tentar compensar a sua perda salarial em outro lugar”. Eu não aceitei e decidi sair. Ali só tem bandido, e não vou trabalhar com bandidos.

Voltei
Sim, meus caros, é isto mesmo: o irmão do líder do governo no Senado acusa o ministro da Agricultura de lhe ter oferecido propina para que se calasse sobre as lambanças numa empresa pública. E eles são todos do mesmo partido, o PMDB — aquele que faria falta a Barack Obama…

Mas Gilberto Carvalho já anunciou: “Nada de caça ás bruxas!”

O lulo-petismo quer as bruxas soltas para tomar conta do governo, desde que o PT esteja no comando. Por isso Lula voltou a reclamar da imprensa.

É verdade, né?  Com a VEJA fazendo essas coisas, não há corrupto que governe em paz, pô!
 
Por Reinaldo Azevedo

Técnicos do TCU acusaram dirigente da Valec de 'dilapidação do patrimônio'. Cácio Ramos, superintendente financeiro da estatal, foi 1º chefe da Inventariança da RFFSA e, em 2009, ao deixar o cargo, relatório do corpo técnico do tribunal o apontou como cúmplice de ilícitos; ministro-relator ignorou os alertas

Fernando Gallo - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendaram que o atual superintendente financeiro da Valec, Cácio Antonio Ramos, fosse impedido de assumir cargos de confiança na administração pública por ter sido cúmplice, na avaliação deles, com a dilapidação do patrimônio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Ramos foi o primeiro inventariante da empresa, cargo que ocupou por dois anos e meio, entre 2007 e 2009. A recomendação do corpo técnico do TCU ocorreu em 2009.
 

André Dusek/AE - 13/12/06
André Dusek/AE - 13/12/06
Contramão. Rodrigues, relator do caso no TCU, rejeitou tese de conduta omissiva’ de Ramos

Em um extenso relatório a respeito das consequências da concessão da malha ferroviária paulista, técnicos da 1.ª seção de controle externo do tribunal relatam descaso dos responsáveis pela Inventariança com roubos de parte espólio da rede - vagões, fios, trilhos e outras peças - e também com a execução contratual das empresas que arrendaram parte dos ativos quando da privatização da RFFSA.

No documento, os técnicos chegam a afirmar que Cácio Ramos e outras três pessoas causaram danos aos cofres públicos e incorreram em atos ilegais. "Tal conduta ultrapassa os limites da mera inércia administrativa, ou negligência, para adentrar à cumplicidade com a prática de ilícitos (...). A gravidade das acusações aqui presentes não deixa dúvidas quanto à ocorrência de danos ao erário."

Entre os problemas apontados, técnicos do TCU citam a inadimplência dos arrendatários, que na época já tinha ultrapassado, segundo a Inventariança, R$ 1,3 bilhão. Na avaliação do TCU, a União não conseguiria arcar com mais e mais obrigações e a negligência com desmanches e roubos em Campinas, Rio Claro e Iperó, no interior de São Paulo.

Os técnicos recomendaram que cópias do relatório fossem encaminhadas à Procuradoria-Geral da República. "Elementos trazidos aos autos não permitiram acolher como justificável a atuação dos responsáveis pela Inventariança (...) frente aos atos lesivos praticados contra o patrimônio da extinta RFFSA", dizem os técnicos, que viram improbidade administrativa na conduta de Ramos. "Tal possibilidade fundamenta proposta de que seja dada ciência à Procuradoria-Geral dos fatos aqui relatados para o ajuizamento das ações penais e civis cabíveis."

Salvo-conduto. Apesar do apontamento de diversas irregularidades, o chefe da unidade técnica e o ministro relator do caso, Walton Alencar Rodrigues, contrariaram o parecer. O ministro - que já presidiu o TCU -, em seu voto, afastou a "conduta omissiva" dos gestores e afirmou que não houve "fato irregular" quando este foi apontado pelos técnicos do TCU.

A única exceção diz respeito à retirada de linhas e postes metálicos em Rio Claro, chamada pelo ministro de "ação depredatória". Neste caso, ele afirmou que Ramos e os outros três gestores "não demonstraram haver adotado providências para solucionar a pendência". "Assim, por tratar-se de exceção à conduta dos responsáveis, deixo de aplicar a multa sugerida pela unidade técnica", diz Rodrigues no voto.

Comandante do Exército vira alvo de investigação

O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e mais sete generais viraram alvo de investigação da Procuradoria-Geral de Justiça Militar sob suspeita de participação em fraudes em obras executadas pelo Exército, informa reportagem de Marco Antônio Martins, publicada na edição deste domingo da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Os oficiais comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército firmou vários convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para realizar obras em rodovias.

Um grupo de engenheiros e contadores chefiados pela promotora Ione de Souza Cruz, do Ministério Público Militar, apontou indícios de fraude em 88 licitações feitas pelo Exército para executar obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de recursos públicos no valor de R$ 11 milhões.

Em nota, o Centro de Comunicação do Exército afirmou que não tem conhecimento da investigação e que "não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento sobre o assunto".

Leia mais na Folha deste domingo, que já está nas bancas.

Editoria de Arte/Folhapress

PP tem esquema de corrupção no Ministério das Cidades, diz revista. Segundo reportagem da 'IstoÉ', políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram com campanhas eleitorais do partido no ano passado

Rodrigo Petry, da Agência Estado
O tesoureiro do Partido Progressista (PP), Leodegar Tiscoski, e outros executivos ligados ao partido liberavam recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), algumas delas com recomendação de "retenção dos pagamentos", segundo reportagem da edição desta semana da revista IstoÉ.

A reportagem afirma que, dos gabinetes do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, os políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram financeiramente com campanhas eleitorais do partido no ano passado.

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, negou com veemência as acusações.

Segundo a revista, Tiscoski é secretário de saneamento do ministério desde 2007 e no ano passado atuou também na função de tesoureiro nacional do PP. Documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em dezembro de 2010, Tiscoski assinou a prestação de contas do partido. Ele afirmou à revista que não assina mais cheques ou ordens bancárias como tesoureiro, mas admitiu que "encaminhou" a prestação de contas ao Tribunal. O PP informou que as finanças do partido estão a cargo do primeiro tesoureiro, o ex-deputado Feu Rosa, que, segundo a revista, é assessor especial da pasta, cuidando do relacionamento do ministério com o Congresso.

A reportagem diz que as empreiteiras contribuíram oficialmente com R$ 15 milhões nas campanhas do PP em 2010, sendo a maior parte (R$ 8,7 milhões) na forma de doações ocultas. "Isso significa que o dinheiro foi para a conta do partido, durante a campanha eleitoral, e imediatamente distribuído entre seus candidatos", diz a publicação. A revista afirma que três grandes construtoras, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, repassaram legalmente um total de R$ 7,5 milhões para as campanhas do PP.

Entre as obras com suspeitas apontadas pela reportagem e questionadas pelo TCU estão às relacionadas aos trens urbanos de Salvador (BA), a cargo da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez; aos trens urbanos de Fortaleza (CE), sob responsabilidade da Camargo Corrêa e Queiróz Galvão; à implementação da linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, tocada pela Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen; e o complexo viário Baquirivu-Guarulhos, em São Paulo, a cargo da construtora OAS.

O laranja de Romero Jucá

Um lobista conta a ÉPOCA que buscava dinheiro vivo com doleiros para negócios suspeitos, que era usado para ocultar o nome de Jucá em empresas e que uma empreiteira deu um imóvel ao senador
 
Diego Escosteguy e Murilo Ramos. Com Marcelo Rocha
divulgação
TRIANGULAÇÃO
Acima, o contrato de gaveta em que o lobista Geraldo Magela, ligado ao senador Romero Jucá (abaixo, foto maior), passa o apartamento em Brasília (abaixo, à esq.) para Álvaro, irmão de Romero Jucá. O imóvel foi construído por José Celso Gontijo (abaixo, foto menor), amigo do senador e beneficiário de verbas sob a influência de Jucá
 
   Igo Estrela/ÉPOCA, Beto Barata/AE

Romero Jucá é um profissional. Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, Jucá percorreu uma trajetória invejável. Nos anos 70, era um mero assessor na prefeitura do Recife, em Pernambuco. Nos anos 80, tornou-se presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e, em seguida, governador de Roraima, nomeado pelo então presidente da República, José Sarney, com quem muito aprendeu. Nos anos 90, virou secretário nacional de Habitação do governo Fernando Collor de Mello e se elegeu senador por Roraima. A partir dos anos 2000, dedicou-se a liderar os trabalhos do governo no Senado. Primeiro pelo PSDB, depois pelo PMDB. Destacou-se tanto na lida que foi líder no governo Fernando Henrique Cardoso, permaneceu líder nos dois governos do petista Luiz Inácio Lula da Silva e mantém-se líder no governo Dilma Rousseff. A identificação entre cargo e político é tamanha que, em Brasília, subentende-se que, havendo governo, Jucá será fatalmente seu líder no Senado.

Romero Jucá é um profissional. Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, as finanças de Jucá percorreram uma trajetória invejável. De garoto que cresceu à míngua no Recife, Jucá tornou-se um político rico. Amealhou, apenas em valores declarados à Justiça Eleitoral, R$ 4,4 milhões em patrimônio – tudo registrado em nome de familiares, sem computar as empresas que florescem em nome de seus parentes. Enquanto o patrimônio de Jucá e o de sua família cresciam às franjas do poder público, crescia também o número de processos contra ele. Jucá já foi acusado – e com abundantes provas – de quase tudo. No governo Sarney, à frente da Funai, foi acusado de cobrar propina para permitir exploração ilegal de madeira em terras indígenas. No governo Collor, foi acusado de desviar à sua fundação dinheiro federal destinado a “ações sociais”. Nos governos FHC e Lula, já como senador, foi acusado de comprar votos, de dar calote em bancos públicos, de receber propina de empreiteiras, de empregar parentes, de fazer caixa dois...

Com tantas acusações, Jucá começa a competir em feitos que atingem os cofres públicos com nomes bem mais conhecidos no plantel nacional de réus por corrupção, gente como Joaquim Roriz e Paulo Maluf. Nas últimas semanas, na tentativa de iluminar as ações profissionais de Jucá, ÉPOCA entrevistou lobistas, doleiros, ex-funcionários, empresários e laranjas ligados ao senador. A reportagem obteve documentos e depoimentos inéditos sobre as negociatas de Jucá – entre eles contratos de gaveta, procurações para laranjas e acordos comerciais. Um dos principais lobistas associados a Jucá, Geraldo Magela Fernandes, aceitou contar, em entrevista gravada, o que fez e presenciou em 30 anos de relação com Jucá.

Dessa investigação, emergem fortíssimas evidências de que:
  • Jucá ganhou um apartamento em Brasília da Via Engenharia, empreiteira então presidida pelo empresário José Celso Gontijo, amigo dele há 20 anos e, como ele, presença constante no noticiário. Quando os dois fecharam a operação, em dezembro de 2001, a Via Engenharia prosperava no setor de obras públicas, precisamente em áreas sob a influência de Jucá. Para tornar possível a transação com a Via Engenharia, bastaram a Jucá um laranja e um contrato de gaveta, a que ÉPOCA teve acesso. Três anos depois, enquanto a empreiteira ainda construía o apartamento, a família Jucá, sem ter desembolsado um centavo, repassou a propriedade do imóvel à própria Via. Ao final, a heterodoxa operação rendeu à família Jucá meio milhão de reais.
  • Jucá paga tudo em espécie – um indício de que a origem de seus rendimentos pode ser duvidosa. “O Jucá só mexe com dinheiro vivo”, diz Magela. Para cobrir os gastos com uma TV de sua propriedade, Jucá pagava a Magela uma mesada que variava entre R$ 30 mil e R$ 60 mil. Eram constantes também, segundo Magela, os pagamentos avulsos, acima de R$ 100 mil, para cobrir despesas extras dessa TV, como reformas de estúdio e compras de equipamentos. Magela conta que Jucá fazia os pagamentos em seu gabinete no Senado ou em sua fazenda no município de Boa Vista, em Roraima. “Ele tirava o dinheiro da gaveta e me entregava”, diz. Em sua campanha ao Senado em 2002, Jucá gastou, de acordo com o relato, cerca de R$ 15 milhões em dinheiro vivo, quase tudo caixa dois. “Eu era o responsável pela contabilidade da campanha e declarei só 1% das despesas”, diz Magela.
  • Para movimentar tanto dinheiro, Jucá recorria a serviços de doleiros conhecidos. Além do principal doleiro de Roraima, conhecido como Pedro Reis, que chegou a ser sócio de seus filhos e seu suplente no Senado, Jucá era, segundo Magela, cliente especial do lendário doleiro paulista Antônio Pires de Almeida, preso em 2005 pela Polícia Federal, acusado de movimentar ilegalmente US$ 1,8 bilhão em contas secretas nos Estados Unidos. Magela conta que Jucá o tratava respeitosamente por Seu Pires e, às vezes ao lado do irmão e empresário Álvaro, visitava o escritório do doleiro em São Paulo. “Romero me apresentou pessoalmente ao Seu Pires e me autorizou a apanhar dinheiro no escritório dele”, diz Magela. “Busquei dinheiro lá ao menos 12 vezes.” Os recursos eram, segundo ele, repassados a Jucá ou gastos em campanhas políticas. Quando era ministro da Previdência, no primeiro mandato do presidente Lula, Jucá também manteve conversas misteriosas com o doleiro Lúcio Funaro, envolvido no escândalo do mensalão. Segundo contou a amigos, Funaro fez negócios no mercado de empréstimo consignado do INSS, cujo presidente era indicado por Jucá.
  • Os negócios da família Jucá crescem na mesma medida que a influência política do senador. Cada ano à frente da liderança do governo no Senado significa a abertura de mais uma ou duas empresas ligadas a Jucá, em nome de laranjas ou familiares. Hoje, a família de Jucá detém participação em ao menos dez empresas, cujas atividades vão desde venda de combustível até administração de shopping centers (leia o quadro). Algumas delas, como a Diagonal Urbana e a Alfândega Empreendimentos, faturam milhões de reais em contratos com o governo e em patrocínios liberados pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.
Igo estrela/ÉPOCA
CONFISSÃO
Em entrevista a ÉPOCA, Geraldo Magela (acima) admitiu ser laranja de Jucá e ter buscado dinheiro para ele com o doleiro Antônio Pires de Almeida

Magela, a principal testemunha contra Jucá, também é pernambucano e conheceu Jucá no final dos anos 70, quando ambos trabalhavam na prefeitura do Recife. No governo Sarney, Magela virou assessor de Jucá na Funai. Quando Jucá se elegeu ao Senado, em 1994, Magela fazia lobby para empresas da indústria farmacêutica e passou a frequentar o gabinete do amigo. Anos depois, em 1999, Jucá pediu a Magela que criasse uma empresa para administrar a TV Caburaí, retransmissora da Rede Bandeirantes em Roraima. A concessão da TV estava em nome de uma fundação, cujo presidente era contador de Jucá. “Criei a empresa e fizemos um contrato de boca, um acordo de cavalheiros”, diz Magela. “O nome do Romero não podia aparecer, por isso entrei como laranja. Eu administraria a TV, que estava em dificuldades financeiras, e ficaria com 20% a 30% do lucro. A ideia era usar o canal para fazer propaganda política para a campanha de Teresa Jucá (então mulher do senador) à prefeitura de Boa Vista.”

O problema, diz Magela, era que a TV dava prejuízo. “O dinheiro que vinha em publicidade do governo federal, do Estado de Roraima e da prefeitura de Boa Vista não cobria todas as despesas”, afirma. “Por isso, Romero tinha de complementar todo mês (com os pagamentos em dinheiro vivo). A TV sempre foi apenas um instrumento político.” Em 2003, Jucá pediu a Magela que transferisse a TV ao estudante universitário Rodrigo Jucá, filho do senador. “Achei bom. Eu só tinha prejuízo lá”, diz Magela. Ele assinou uma procuração com esse fim e a repassou ao filho de Jucá. Um ano depois, verificou que Rodrigo Jucá não formalizara a transferência – e estava administrando a TV em seu nome, sem pagar impostos e débitos trabalhistas. “O Romero prometeu acertar isso, mas sempre enrolou”, diz Magela. Há dois anos, ele descobriu que devia cerca de R$ 3 milhões à Receita e ao INSS. “Reclamei com o Romero, eles refinanciaram a dívida no meu nome, mas duvido que vão pagar. Tenho certeza de que vai sobrar para mim”, afirma. Hoje, a TV continua funcionando normalmente – mas em nome de Rodrigo Jucá.
 
“O Romero só mexe com dinheiro vivo”, diz o lobista Geraldo Magela, laranja confesso do senador
No curso da Operação Navalha, na qual a Polícia Federal desbaratou um esquema de propina comandado pelo empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, Magela chegou a ser preso, acusado de envolvimento nos desvios. A PF apreendeu planilhas da empreiteira em que o nome de Magela aparecia vinculado ao de Romero Jucá, ao lado de valores. “Eu tinha contrato com a Gautama, me relacionava com o Romero, mas nunca paguei nada”, diz Magela.

A sociedade oculta na TV não foi o único negócio fechado entre Jucá e Magela. Em 2001, o senador tornou-se dono oculto de um apartamento da Via Engenharia, presidida pelo empreiteiro José Celso Gontijo. Naquele ano, a Via recebera R$ 12 milhões do governo federal. “O Jucá pediu que eu fosse à sede da Via registrar o apartamento no meu nome”, afirma Magela. “Bote no seu nome e depois a gente vê como transfere para mim”, disse o senador, segundo o relato de Magela. Magela conta que foi então à empreiteira e assinou o contrato com seus dados. “Nunca paguei nada. Só fiz um favor para o Romero”, diz ele.

C.Bispo/Folha de Boa vista, Tiago Orihuela/ÉPOCA, reprodução
FAMÍLIA UNIDA
Rodrigo Jucá (no alto), filho de Romero Jucá, é, ao lado da atual mulher do senador, Rosilene Pereira (acima, à esq), dono de empresas como a R & J Empreendimentos, cuja sede fica num galpão abandonado em Boa Vista (acima, à dir)

Gontijo sempre frequentou o gabinete de Jucá. “Ele ficava atrás de verbas para as obras dele em Brasília”, diz Magela. Gontijo ficou famoso há pouco mais de um ano, após a exibição de um vídeo em que aparece entregando dinheiro a Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM. Nos anos seguintes ao negócio, uma das empresas de Gontijo ganhou contrato em Roraima – e passou a faturar muito no governo federal. Procurado, Gontijo admitiu a “amizade” com Jucá, disse frequentar o gabinete para tratar de “questões pessoais”, mas se recusou a dar maiores explicações a respeito das acusações de Magela.

Semanas depois de ter atendido Jucá, Magela conta que foi surpreendido com outra solicitação do senador. Dessa vez, para devolver o apartamento de três quartos que acabara de assumir e trocar por outro, maior e mais confortável, também oferecido pela Via. Em dezembro de 2001, Magela afirma ter fechado um contrato de promessa de compra e venda com a construtora. “Passei a papelada para o senador e depois assinei, no gabinete dele, uma procuração dando poderes para o Rodrigo Jucá ficar com o apartamento”, diz. Questionada sobre a forma de pagamento do imóvel, a Via não respondeu.

Três anos mais tarde, em julho de 2004, de acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, o apartamento foi transferido de Magela a Álvaro Jucá. O curioso na história é que Rodrigo Jucá, filho do senador, aparece como procurador tanto de Magela quanto de seu tio, Álvaro. Rodrigo, na ocasião, tinha 23 anos. Em dezembro daquele ano, o negócio entre a família Jucá e a Via foi desfeito. Álvaro teve direito a receber R$ 550 mil para abrir mão do apartamento. “Acho que eram contratos de gaveta”, diz Marcello Paes, atual dono do imóvel. “Comprei o apartamento da Via em 2006. Sou o primeiro morador. Nunca ouvi dizer que esse apartamento tenha pertencido a alguém da família do senador Jucá.” A Via confirmou que a operação de R$ 550 mil foi “efetivamente realizada e liquidada”. Tradução: o dinheiro foi pago. Apesar dos contratos e da confirmação da empreiteira, Álvaro Jucá nega a existência da operação. “A vinculação de meu nome à compra de qualquer imóvel junto à Via Engenharia é uma inverdade absoluta”, diz Álvaro. Procurados pela reportagem, Romero Jucá e seu filho, Rodrigo, não responderam aos pedidos de esclarecimento sobre os negócios da família.

Encontrar o nome de Romero Jucá associado a empresas e imóveis é algo difícil. Mas sobram laranjas, como o motorista João Francisco de Moura, um dos sócios da Paraviana Comunicações, que administra duas rádios e uma TV da família Jucá em Roraima. Em e-mail encaminhado a ÉPOCA, João Francisco disse que se tornou sócio da empresa a pedido de Magela e não conhece seu outro sócio na Paraviana, Márcio Oliveira. Em tese, os dois pagaram R$ 2 milhões pela outorga de funcionamento dos veículos de comunicação. João Francisco é vendedor de equipamentos agrícolas no entorno do Distrito Federal. “Tenho medo do poder do senador. Nunca tratei nada com ele”, afirma. Claro que não. Romero Jucá é profissional.

Beto Barata/AE

ES: Jovens trocam futuro de sucesso pelo mundo macabro do tráfico de drogas

TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

Muitos casos de envolvimento com o tráfico de drogas evidenciados envolvem jovens quem possuem boa condição financeira. Muitas vezes universitários são pegos pela polícia na vida do crime, enquanto poderiam terminar uma faculdade e conseguir renda com o trabalho. Por isso fica a pergunta: o que leva pessoas que parecem ter tudo a se envolverem com o mundo das drogas?
 
O delegado Dyego Yamashita, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten) acredita que é uma questão de status. “São pessoas que, na maioria dos casos, têm uma dependência da droga também, que eles conseguem associar o uso ao tráfico. A questão financeira também. Eles têm essa necessidade de comprar bens materiais ou então para conseguir um destaque no meio no qual ele convive. Ele ser visto como a pessoa que consegue as drogas para a turminha dele”, disse.
 
No dia 25 de julho, um advogado de 33 anos foi espancado e levou um tiro no Morro de São José, em Vitória.  Tudo porque ele teria questionado um traficante sobre a quantidade do entorpecente que havia comprado. Este caso é uma prova de que a droga não escolhe classe social.
No dia 21 de dezembro de 2010 mais um caso que chamou a atenção. Rafael Castro e Alexandre Pereira, dois amigos de infância, estudantes do curso de direito foram presos com mais de cinco quilos de crack, cocaína e material para embalar entorpecentes. Eles ainda estavam com uma arma e munição.
 
Segundo a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), durante o mês de junho mais de 2500 pessoas foram presas acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas. Desse total, 43 pessoas possuem ensino superior e quase 100 cursavam faculdade no momento da detenção.
Para a polícia, muitas vezes a diferença entre jovens de classe média e de periferia envolvidos com o tráfico são as drogas que eles consomem e comercializam. Enquanto nos bairros pobres o crack é mais comum, nas faculdades e festas da classe média as drogas sintéticas, como o ecstasy, são mais consumidas.
 
“Essas drogas mais caras, as sintéticas, são encontradas quase que exclusivamente com esse tipo de classe social”, disse o delegado Dyego Yamashita.

ES: Jovens buscam cada vez mais cursos na área de logística. Portos do estado tornam este mercado promissor. O especialista em logística é cada vez mais disputado.

Do G1 ES
O profissional de logística tem cada vez mais espaço no mercado de trabalho. É o trabalhador que conhece tudo de transporte e distribuição de carga. Como o Espírito Santo é um estado cheio de portos e empresas de importação e exportação, o especialista em logística é cada vez mais disputado. E para entrar no setor, existem cursos técnicos, de graduação ou pós graduação.
Fala-se em logística no Brasil há apenas 10 anos e nunca um profissional se destacou tanto por suas qualidades técnicas e pessoais quanto o profissional de logística. Aqui no estado essa área tem crescido muito em função dos portos, da indústria do petróleo e gás e das grandes multinacionais. O mercado é promissor e muitos jovens têm buscado os cursos.
 
Saiba mais sobre alguns cursos na área de logística aqui no estado:

Curso de Logística no Ifes
O curso técnico em logística é oferecido pelo campus de Cariacica, do Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes. O curso tem duração de dois anos e o processo seletivo para o curso será realizado no final deste ano, com início das aulas no primeiro semestre de 2012.

Curso de técnico em logística - Senai - Vila Velha
Unidade de Vila Velha - telelefone: (27) 3399-5800
Site: www.es.senai.br/unidades

Curso de tecnólogo de gestão portuária - UVV
O profissional pode trabalhar em empresas de operação portuária, logística e transportes, em áreas como a de armação, agenciamento marítimo, transportes rodoviários, transporte ferroviário e despachos aduaneiros.
Coordenador: Professor Enildo Moreira Ferreira
Telefones: (27) 3421-2075 e 3421-2001
Site: www.uvv.br

RIO: Ministério Público Federal vai investigar ambulâncias. Órgão instaurou inquérito para apurar ameaça de descarte de veículos do Samu

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito Civil Público para apurar a ameaça de descarte de 40 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As viaturas estavam paradas no Quartel de Guadalupe desde o início do mês. O MPF enviou ofício ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS e à Coordenação de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde solicitando a abertura de uma auditoria para apurar as denúncias publicadas em O DIA desde 21 de julho.

Mecânicos fazem diagnóstico das ambulâncias do Samu que o estado queria descartar: após denúncia de O DIA, secretário de Defesa Civil voltou atrás e mandou frota ser avaliada | Foto: Alesssandro Costa/ Agência O Dia
“É dever do Ministério da Saúde fiscalizar, porque há repasse de recursos federais. Além disso, o ministério tem obrigação de monitorar o funcionamento do serviço”, afirmou o procurador Daniel de Alcântara Prazeres, do 1º ofício da Tutela Coletiva da Saúde. Ele diz que há indícios de práticas de peculato (corrupção no funcionalismo público).

O secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, terá que encaminhar documentação com os motivos pelos quais os veículos estão ameaçados de descarte — se houve falta de manutenção ou mau uso — e as medidas para apurar as responsabilidades.

O procurador cobra ainda explicações do coronel Fernando Suarez Alvarez, então Superintendente de Urgência e Emergência da Secretaria Estadual de Saúde — até junho, o órgão coordenava o Samu. Suarez terá que informar o responsável pela manutenção da frota.

Daniel enviará cópias da ação à Coordenação Criminal “tendo em vista indícios de peculato”. Os Tribunais de Conta Estadual e da União e a Defensoria Pública da União também serão oficiados. O último também abriu investigação.

Veículos estão em oficina para reavaliação
Parte das ambulâncias flagradas sem uso no Quartel de Guadalupe estão passando por manutenção na oficina da Peça Oil Distribuidora, na Ilha do Governador. Vinte e uma continuam em Guadalupe à espera de avaliação. E pelo menos 11 foram levadas para quartéis do interior — Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, municípios da Região Serrana que não contam com Samu. O DIA telefonou para as unidades e confirmou a chegada desses veículos.

O estado, no entanto, nega que as ambulâncias façam parte da frota do município do Rio, ao contrário do que afirmam bombeiros que denunciaram a remoção dos veículos para o interior.

Como O DIA noticia há dez dias, desde que as ambulâncias foram fotografadas paradas, o estado já mudou de versão três vezes. Primeiro afirmou que 44 não tinham conserto. Depois, 40. A versão atual é de que todas serão avaliadas.
Reportagem de Clarissa Mello e Pâmela Oliveira - O DIA

LITORAL SUL CAPIXABA: Polícia Civil de Marataízes prende professor. Mas ele nega ser autor do Blog do Mascarado


A Polícia Civil esteve na residência do professor ontem (28/07) por volta das 11:30h da manhã e apreendeu seu computador, CDs, celulares, documentos e Dvds.


           Foto: Adriano Costa Pereira

O Professor Luiz Claudio Nunes da Silva conhecido como Kal está sendo investigado pela Polícia Civil como suspeito de ser o autor do blog do Mascarado. O blog vêm fazendo inúmeras denúncias sobre várias pessoas da região e tem se tornado um local de acusações e ofensas gratuitas entre os comentaristas anônimos.

A Polícia Civil esteve na residência do professor ontem (28/07) por volta das 11:30h da manhã e apreendeu seu
computador, CDs, celulares, documentos e Dvds, solicitando ao mesmo que se dirigisse a delegacia para prestar depoimento, logo após ser ouvido foi liberado.

Em entrevista ao site Maratimba.com o professor defendeu-se afirmando desconhecer a autoria do blog e que está sendo ameaçado de morte, “minha casa está sendo rondada por pessoas e carros estranhos, tive que mandar meus dois filhos para fora da cidade, não tenho nenhum motivo para falar de ninguém aqui na cidade o que está acontecendo comigo é uma grande injustiça”. Relatou o professor.

Visivelmente abatido com as especulações acerca de seu nome, Kal disse que não entende o porquê de ser acusado e que o simples fato de alguém ter criado um email similar ao seu não deveria ser motivo de acusação. Sobre as provas, possivelmente, impressões das matérias do blog do Mascarado encontradas na lata de lixo que fica próxima a
casa do professor ele foi mais enfático. “Se fosse eu o autor desse blog teria que ser muito inocente para 1º imprimir provas contra mim e 2º jogar tais provas na lata de lixo de minha casa, já conversei com meu advogado e vou estudar a possibilidade de entrar com uma ação por danos morais, a gravidade desse ato é imensurável, estou sendo obrigado a viver escondido sem ter feito nada”, disse Kal.

A reportagem do Maratimba se dirigiu até a delegacia de Marataízes onde fomos informados que o delegado Edson Lopes havia viajado para o estado de Minas Gerais e só retornaria na segunda-feira.



"Minha família é a que mais sofre com essa injustiça", disse o professor Kal.


    Fonte: Redação Maratimba.com

BOM JESUS DO ITABAPOANA-RJ: CIRCUITO CULTURAL ARTE ENTRE OS POVOS



A edição de 2011 do Circuito Cultural Arte entre os Povos se aproxima. No período de 11 à 14 de agosto, teremos o início deste grande evento em Bom Jesus do Itabapoana. E, depois, uma sequência de várias atividades culturais em mais 12 cidades. Confiram no cartaz, idealizado pelo Design Gráfico Alberto Carlos P. de Souza, da Coordenação de Imagem Institucional, Comunicação e Eventos do Instituto Federal Fluminense, campus Itaperuna(RJ), a programação completa.
O consagrado fotógrafo Cimar Pinheiro apresentará várias de suas fotos artísticas na Sala da América Latina, dentro do Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), em Bom Jesus do Itabapoana (RJ), que será inaugurado no dia 12 de agosto, às 9:00 horas. Cimar ministrará, ainda, no mesmo dia, uma concorrida Oficina de Fotografia Artística no período das 13 à 17 horas. Cimar Pinheiro participará ainda de Oficinas no Circuito Cultural Arte Entre os Povos, na maioria dos 12 municípios participantes deste inédito evento. Portanto, programe-se. Bom Jesus terá um cardápio cultural bem rico e diversificado.

O logotipo do Espaço Cultural Luciano Bastos foi criado pela artista plástico cubano Francisco Rivero. Fundamenta-se no conceito de que espaço cultural não é apenas um lugar físico: é onde se geram idéias, conhecimentos que se difundem em diferentes formas. A maneira com que se representam são como caminhos, na perspectiva do mútuo conhecimento deste espaço da cultura e no horizonte de um querer cidadão.
 

ES: Bancos do Bem: Uma moeda de oportunidades. Bancos comunitários de 70 bairros do Estado terão uma nova linha de crédito que permitirá emprestar valor maior para os moradores

lessandro Almeida, entrevistado sobre compras pela internet - Editoria: Economia - Foto: Edson Chagas
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Mikaella Campos
- malmeida@redegazeta.com.br

Estelamar Sofiate Damaceno, 44 anos, cria sozinha seus seis filhos e mais um neto com o pouco que ganha do Bolsa-Família. Desempregada há três anos, ela pensa em comprar um carrinho de pipoca para ter outra fonte de renda. O ponto de trabalho já foi escolhido: a creche que fica ao lado de sua casa.

Para realizar seu sonho, só falta o dinheiro. Com dificuldade para ser aceita pelos tradicionais bancos, a moradora do Morro São Benedito, em Vitória, será beneficiada por uma nova linha de microcrédito, o Creditar.

A taxa de juros será de 1% ao mês e o parcelamento em até 24 meses. E o melhor: não haverá burocracia. O financiamento produtivo será acessível, inclusive, para pessoas com restrições cadastrais.

A facilidade estará disponível a partir de agosto para 300 mil moradores de 70 bairros assistidos pelos bancos comunitários Bem, Terra, Verde Vida e Sol. Cada empreendedor poderá pegar no máximo R$ 1 mil para financiar o seu negócio.

As mulheres, beneficiárias do Bolsa-Família, como é caso de Estelamar, compõem o principal público-alvo do programa.

Além de gerar renda e oportunidades de trabalho nas comunidades, a finalidade do Creditar é permitir que muitas chefes de família saiam da informalidade e do desemprego.

O novo microcrédito é uma parceria do governo do Estado, Bandes, Banestes e Sebrae e será um impulso para os bancos comunitários que, sem recursos suficientes, têm passado por dificuldades.

Nesses bairros, a sede pelo empreendedorismo é tão grande que, mesmo sem o lançamento oficial do Creditar, existe fila de espera pelo empréstimo. Na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, 80 pessoas procuram o Banco Terra para iniciar a avaliação de crédito.

Em São Benedito, três moradores estão com o empréstimo pré-aprovado pelo Banco Bem e devem contar com recursos ainda nesta semana.

O Banco Verde Vida, em Aribiri, Vila Velha, iniciou a inscrição dos interessados. "Será nossa primeira linha de crédito", comemora o gestor da instituição João Manuel Ribeiro. Hoje, o banco funciona em sistema de troca. Famílias entregam materiais recicláveis e ganham a moeda verde para fazer compras no supermercado.

Em Vista Dourada, Cariacica, o Banco Sol, também se prepara para disponibilizar o dinheiro.

Financiamento
Para que os financiamentos sejam liberados nas comunidades, o governo do Estado separou recursos de R$ 1 milhão. A expectativa é atender no mínimo mil pessoas até o próximo ano.

O empreendedor, ao procurar o banco de bairro, contará com apoio dos agentes de crédito na elaboração de um miniplano de negócios. A proposta será submetida a uma avaliação de um comitê formado por moradores. Se o crédito for aprovado, o Banestes vai concluir a operação, repassando o dinheiro direto ao empresário.

Se preferir, o empreendedor poderá receber a verba na moeda social que circula no seu bairro.

"Diferente dos outros créditos, o consumidor não precisará de garantia. Vamos chegar aonde nenhum outro microcrédito chega. E no futuro, o empreendedor que iniciou as suas atividades com o Creditar poderá ser beneficiado por empréstimos maiores, como Nossocrédito", explica o diretor de Crédito e Fomento do Bandes, Everaldo Colodetti.

Com dinheiro na mão, quem for financiado não será abandonado. O Sebrae ensinará o profissional a administrar o negócio. Serão oferecidas oficinas de capacitação com até quatro horas de duração, como gestão, fluxo de caixa, marketing, segundo a gerente de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae, Alline Zanoni.
foto: Gabriel Lordêllo
 Estelamar damaceno, com o filho e o neto, vai pegar um empréstimo no Banco Bem, no Morro São Benedito - Editoria: Economia - Foto: Gabriel Lordêllo

"Vou pegar o crédito para comprar carro de pipoca e ter uma renda"
Estelamar Sofiate, beneficiária do Bolsa-Família e mãe de Joabe, 10 anos, Estevão, 3, e avó de Erick, 4 meses.

700  pessoas beneficiadas
No bairro de Estelamar, o Banco Bem já atendeu a 700 pessoas com microcrédito produtivo, habitacional e de consumo.

Novos bancos

Com o Creditar, a experiência positiva dos bancos comunitários será levada para outros localidades do Estado. Até o final do ano, mais três instituições de economia solidária serão criadas.

As unidades ficarão em Domingos Martins, Nova Rosa da Penha (Cariacica) e região da Grande São Pedro (Vitória). Começam a ensaiar a criação de bancos sociais os bairros de Feu Rosa, na Serra, e Nova Betânia, em Viana.

O plano do governo é formar até 2014 uma rede com 20 bancos comunitários, incluindo o interior. O trabalho será feito em municípios pobres atendidos pelo Programa Incluir, recém-lançado pelo Estado.

"O Creditar é uma forma de apoiar os antigos e os novos bancos que estão para surgir. A cada empréstimo que fizer, as instituições ganharão uma comissão de até 4%. Além disso, vamos disponibilizar consultorias para que essas entidades sejam autossustentáveis", explica o presidente da Agência de Desenvolvimento em Rede (Aderes), Pedro Rigo.

A coordenadora do Banco Bem e gestora no Estado do projeto de expansão do crédito comunitário, Leonora Mol, afirma que será possível o crescimento. No entanto, é necessário mais investimento. Hoje, os quatros bancos existentes sobrevivem com uma verba do governo federal.

"Várias comunidades nos pedem ajuda para criarem seus bancos. Mas para este ano só temos recursos de R$ 3 milhões para aplicar em toda a região Sudeste", explica.
foto: Vitor Jubini
Alfredo Santana, Alessandra Santana, José Pedro Pascoal, trabalham numa fábrica de blocos, aberta através do crédito solidário. - Editoria: Economia - Foto: Vitor Jubini
Alfredo Santana, Alessandra Santana, José Pedro Pascoal, trabalham numa fábrica de blocos, aberta através do crédito solidário.

"Com o empréstimo, vamos consertar a máquina, aumentar a produção e ganhar mais mercado"

José Pedro Pascoal. Coordenador do Bloco Terra, fábrica que recebeu financiamento do Banco Terra

Uma nova história de vida

Nos bairros onde a moeda própria circula, uma nova realidade pode ser vista. A criminalidade e a miséria têm dado lugar para a solidariedade e para o desenvolvimento social.

Em São Benedito, por meio da moeda bem e do microcrédito, 700 famílias foram atendidas.

Além dos projetos de moda, gastronomia e construção, desenvolvidos pelo Ateliê de Ideias, associação gestora do banco, a comunidade vai ganhar um Núcleo de Áudio Visual. Vinte jovens das comunidades serão capacitados para se tornarem radialistas e diagramadores de jornais.

No bairro, um sistema de capitalização, semelhante ao oferecido pelos bancos tradicionais, pode ser adquirido pelos moradores. "A pessoa paga R$ 1 e concorre a 25 bens todo o mês", conta Leonora.

No bairro Vista Dourada, em Cariacica, o Banco Sol e o Associação Costumes Artes, conseguiu atender 80 famílias com o crédito solidário, da moeda sol. Entre os trabalhos desenvolvidos na comunidade, segundo a agente de crédito Normeliana Santos, estão o artesanato de fibra de banana e a produção de sacolas ecológicas.

Eles sonham em abrir empregosO trabalho pesado na Bloco Terra não para. Com o Creditar, a fábrica, que fica em Terra Vermelha, vai consertar o equipamento para aumentar a produção de 400 para mil blocos por dia.  A empresa vende tudo o que produz para moradores e comércio do bairro. Cada bloco custa R$ 0,90, 25% mais barato que no mercado tradicional. O lucro médio é de R$ 500 por mês para cada um dos cinco sócios. "Deixamos de vender por não ter estoque. No futuro, queremos uma máquina semiprofissional e empregar  mais gente", diz José Pedro Pascoal, sócio junto com Alessandra e Alfredo Santana no negócio. A Terra Bloco iniciou em novembro de 2010 com  financiamento do Banco Terra. A instituição financeira, segundo o agente de crédito Itamarcos Coutinho, já liberou 78 créditos. "Estamos até sem recurso para atender à intensa procura".

ES: Vias do futuro. Governo Casagrande criará 270 km de avenidas e rodovias até 2025

foto: Edson Chagas
Obra da Rodovia do Contorno próximo a entrada do bairro Vila Capixaba - Editoria: Política - Foto: Edson Chagas
Obra da Rodovia do Contorno próximo a entrada do bairro Vila Capixaba
Maurílio Mendonça - mgomes@redegazeta.com.br

Imagine uma Grande Vitória com mais de 2 milhões de habitantes. Essa é a expectativa do Estado para o ano de 2025, uma previsão que para muitos soa distante e assustadora. Para evitar que os engarrafamentos fiquem ainda mais insuportáveis, o Estado quer construir 14 vias de grande porte, num total de 270km na área urbana.

O governo pretende, ainda, melhorar em estrutura, tamanho e largura outras 20 ruas, avenidas e rodovias já existentes.



Destaque
Duas das 14 novas vias destacam-se. A maior, com 90km de extensão, liga Vila Velha - da região da Ponta da Fruta, saindo da ES 060 (Rodovia do Sol) - a Serra, onde será construído o Contorno do Mestre Álvaro. Esse corredor deve passar por trás das sedes de Viana e de Cariacica.

A outra pista terá cerca de 20km. Ligará Cariacica a Vitória, saindo da Rodovia José Sette (ES 080), na altura de Itaquari, em direção à Rodovia Norte-Sul, em Vitória. Mas antes passa por Jardim Carapina, na Serra, e cruza a Reta do Aeroporto.

Os dois corredores foram apresentados pelo Estudo de Integração do Uso e Ocupação do Solo e Circulação da Grande Vitória. Esse diagnóstico foi feito para o Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Vitória (Comdevit).

Cidade única

"Olhamos nosso sistema como se fosse de uma única cidade", frisa Luiz Otávio, assessor da Coordenadoria da Região Metropolitana, na Secretaria de Projetos Especiais e Articulação Metropolitana.

A próxima etapa é contratar, neste semestre, a empresa que fará o estudo do Corredor Contorno Externo BR 101 - a via que liga Vila Velha a Serra. Estimam-se que são necessários R$ 2 milhões para desenhar o traçado dos 90kms da via, além de mapear outros 40kms de vias adjacentes.

"Esse trabalho vai garantir que os terrenos sejam preservados para esse corredor, além de adiantar alguma desapropriação", explica Luiz Otávio.

Mapa Rodovia do Contorno
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Plano
Segundo o secretário estadual de Transporte e Obras Públicas, Fábio Damasceno, o Plano de Mobilidade Metropolitana (PMM) poderá apontar as obras do futuro.

"O PMM começa a ser feito neste ano, com 24 meses de prazo para execução. Haverá projeções exatas da Grande Vitória de 2025", afirma o secretário. As últimas projeções foram feitas em 1998.

Mais um ano para a Leste-Oeste
Há quatro anos o Estado tenta ligar os municípios de Serra e  Vila Velha, criando um corredor metropolitano com a Rodovia do Contorno, a BR 262 e a Rodovia Leste-Oeste. Mas esta última via ainda não está pronta.

A promessa é entregá-la até o final de 2012, mas falta concluir duas etapas. Até agora, dos 8,8km da nova via, apenas os 2,7km da primeira etapa - do Terminal de Campo Grande até Campo Belo, ambos em Cariacica - foram entregues.

Detalhes
Da segunda etapa, 90% dos serviços  de terraplanagem e 57% de drenagem foram feitos. Pouco mais de 10% estão pavimentados.

Nesse trecho, a via liga a Rodovia Darly Santos ao bairro Rio Marinho, os dois em Vila Velha, num total de 3,9km de extensão.

A terceira e última etapa está na fase de desapropriações. Serão 2,2km de rodovia para  ligar o bairro Campo Belo, em Cariacica, a Rio Marinho, em Vila Velha.

Valor total
R$ 107 milhões
É o valor que o Estado espera investir nas três etapas da Leste-Oeste.

Outras obras previstas: Nova ligação Vitória a Serra
A intenção é dividir a demanda de tráfego atual da Avenida Norte-Sul. Para isso, cria-se uma alternativa com a ligação de Jardim Camburi, na Capital, com Planalto de Carapina,na Serra. A via deverá passar pelas instalações do complexo industrial siderúrgico para chegar a Novo Horizonte.

Só ônibus: Corredor exclusivo
Oito vias estão previstas para três etapas futuras do BRT (corredor  para ônibus). São elas: a Avenida Mário da Silva Nunes e a Rodovia Norte-Sul, na Serra; a Rua Gelu Vervloet dos Santos e as avenidas Dante Michelini e Saturnino de Brito, em Vitória; a Terceira Ponte, a Avenida Carioca e o Corredor Leste-Oeste, em Vila Velha.

ES: Casas onde mora a esperança. A falta de unidades públicas para tratar inúmeros dependentes químicos torna as comunidades terapêuticas a única saída

foto: Ricardo Medeiros
ana paula e ronivaldo de souza
Os irmãos Ronivaldo e Ana Paula: unidos pela dor e pela alegria de superar o maior desafio de suas vidas
Claudia Feliz - cfeliz@redegazeta.com.br

Eles têm um vínculo extremamente forte. Foi com Ronivaldo, 40, que Ana Paula, 35, cheirou sua primeira carreira de cocaína e, em busca de novas sensações, também fumou sua primeira pedra de crack. Mas depois do prazer veio a dor que ambos dividem e da qual, desesperadamente, buscam se livrar.

Só agora os dois irmãos começam a ver luz no fim do túnel escuro para o qual o crack os levou. Numa clínica de dependentes químicos em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Espírito Santo, com outras 33 pessoas, tentam retomar o controle de suas vidas.

Tragédia
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde estima em 600 mil os usuários de crack - 7 mil só no Espírito Santo. Verdadeira tragédia, com dimensão maior se considerarmos a dependência de todas as drogas - incluindo o álcool -, que afeta 12% da população.

Mas os irmãos Ana Paula e Ronivaldo Abreu, internados por ordem judicial na Casa da Paz, em Cachoeiro, tentam sair dessa estatística. Estão "limpos" - sem usar drogas - há mais de um mês.

Visitar comunidades terapêuticas é como percorrer um labirinto. Em cada canto uma dor, que se mistura à enorme força dos internos e de quem a eles se dedica. Nem o governo sabe quantificar no país quantas são. Na maioria, falta estrutura, e a rotina é de trabalho e orações.

Oficialmente, diz a diretora da Agência Nacional de Saúde (Anvisa), Maria Cecília Martins Brito, são cerca de 800, número bem aquém da realidade, admite ela.

É fato que a insuficiente rede pública de saúde torna esses lugares a única esperança para muita gente. Não por acaso é esse o nome de um projeto ligado à Igreja Católica - a Fazenda da Esperança - e que, por causa do aumento de usuários de drogas, já abriu uma unidade no Estado e busca recursos do governo para inaugurar mais duas.

Você tem histórias de envolvimento com crack na família é quer contar a sua (não é preciso se identificar)? Acesse aqui.


Flexibilização

E o número dessas comunidades terapêuticas tende a aumentar agora que a Anvisa flexibilizou as normas de funcionamento. Nem é preciso ser médico ou enfermeiro para gerir uma delas. Basta ter um curso superior.

Nem todas seguem normas mínimas, o que preocupa as autoridades sanitárias e o promotor de Justiça Sócrates de Souza. "Temo por um mercado sem controle, de exploração de famílias apanhadas num momento de fragilidade", diz ele, à espera de um convênio com o Estado que garanta uma fiscalização maior das unidades.

Mas, mesmo fora do padrão, muitas cumprem função importante: manter o usuário longe da droga, do assédio do tráfico.

A Casa Missionária Bálsamo Giliade é uma delas. Em São Torquato, Vila Velha, está uma de suas oito comunidades comandadas por uma mulher sem curso superior e que há 30 anos deu início ao que define como um chamado divino. Maurina da Silva, 60, assiste mais de 200 pessoas, todas em busca de libertação das drogas.

Quatro das unidades funcionam em sítios cedidos por voluntários. Poucos dos internos conseguem pagar R$ 200 mensais - a maioria é muito pobre ou perdeu tudo o que tinha por causa do vício.

Desejo
Muitos chegam ali fugindo da ira de traficantes. "Digo que são amados aqui, mas que a libertação, mesmo com ajuda de Deus, depende de cada um. Usuário tem que querer parar de se drogar", diz a missionária evangélica.

Há até quem durma sobre papelão, na porta da casa de triagem, implorando "um cantinho, nem que seja no banheiro".

Temendo o estigma, muitos dependentes não querem seus nomes divulgados, como o médico de 38 anos que tenta se libertar do crack num sítio transformado em comunidade terapêutica pelo ex-dependente, hoje secretário de Segurança e Cidadania de Vila Velha, Ledir Porto. João (nome fictício) cozinha, varre o chão, ora... Ser médico não o faz diferente dos seus 17 companheiros de dor.

O próprio Porto admite que sua unidade, que conta com ajuda voluntária de um psicólogo e uma assistente social, não resiste a uma fiscalização rígida, assim como as muitas comunidades terapêuticas que funcionam sem registro no Estado.

Uma rápida passagem por Xuri, zona rural do mesmo município, mostra isso: 27 homens lutam contra o vício numa casa de apenas três quartos no Centro de Recuperação Visão de Águia, da Igreja Assembleia de Deus de Vila Garrido. Ali, como em muitas comunidades do gênero, não há profissionais de saúde e Serviço Social.

Os homens oram três vezes por dia, cuidam da casa e da horta. A maioria foi e voltou ao inferno do crack várias vezes. Para manter o projeto, quem pode paga R$ 100,00 por mês.

foto: Ricardo Medeiros
dependente
Rafael Luz: no cafezinho no shopping, um novo prazer
Livres da morte
Os coordenadores, Leandro Santos, 28, e José Willian, 25, ex-dependentes de crack, dizem que pela casa já passaram "médico, engenheiro e policial federal". Santos, que já cumpriu pena por assalto e traficou drogas, garante que muitos estariam mortos se não estivessem na comunidade terapêutica.

E as histórias repetem-se. Um homem de 42 anos fala com orgulho do Projeto Esquadrão Resgate Vida, que se prepara para abrir a quarta unidade.

Diz que está salvo graças à comunidade, ligada à Igreja Deus é Fiel, com orientação psicológica e atividades laborativas para os usuários, mediante pagamento de um salário mínimo mensal.

José (nome fictício) está "limpo" depois de nove meses na comunidade, mas não quer sair. "Muitos dos que conheci fora daqui morreram no tráfico ou estão presos", diz ele.

Em Cachoeiro, Jacson Miranda, 39, vive sua segunda tentativa de curar-se do vício na Casa da Paz. A primeira foi desastrosa: ficou 23 dias num local onde podia comprar crack, porque a "boca" funcionava ao lado. No dia em que não pôde adquirir, fugiu.

Na Casa da Paz, com acompanhamento de médico, psicólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional e professor de Educação Física, fala do prazer de estar "limpo e feliz".

Diferentemente de muitas comunidades, a unidade - com diária de R$ 123,00 - pertence a Luciano Silva Santos, 46, e à sua mulher, Marcelle. Lá, é aplicado o modelo comportamental: há paciente que trabalha durante parte do dia e gente como Alexandre, 20, liberto da cocaína há meses, que, após fazer o supletivo, acaba de ser aprovado em Direito.

Não fosse um convênio com a Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ), os irmãos Ana Paula e Ronivaldo, e Bismark Gomes Bonan, 23, não poderiam estar ali. Durante seis meses, a seu pedido, Bismark foi acorrentado pela mãe, em casa, em Campos. Pai de três filhos, viúvo, diz que o crack o levou à prisão e à beira da loucura. "Tenho fé de que vou me curar", frisa ele, que começou usar droga aos 11 anos.

Medo
Confiança e esperança são palavras que "brotam" das bocas dos internos, assim como medo. Medo de sair do "casulo" e enfrentar o mundo real.

Estudante de Psicologia e ainda na casa para onde foi levado compulsoriamente, em 2007, o mineiro Tiago Nunes, 27, é ali um conselheiro. E destaca a importância do modelo comportamental.

Um modelo que permite que o comerciante Rafael Luz, 38, que perdeu mais de R$ 1 milhão por causa do uso de álcool, cocaína e crack, dê seus passos rumo à libertação. Vive na Casa da Paz há um ano e sete meses, na 15ª tentativa de pôr fim à dependência química.

É ele quem sai com aqueles que ainda não estão prontos para, sozinhos, ter contato com o mundo exterior. Vai ao cinema, ao shopping, programas que, para você, podem ser banais, mas para quem vive sob o terror das drogas são passaportes para a liberdade.

ES: Bom Jesus do Norte: Lá, Messias é Rei mesmo Na cidade do conselheiro, poucos sabem sobre condenação

foto: Vitor Jubini
Humberto Messias, sua primeira sessão como presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo. - Editoria: Política - Foto: Vitor Jubini
Humberto Messias, sua primeira sessão como presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo. - Editoria: Política - Foto: Vitor Jubini

Desvio:
R$ 50 mil do cofre estadual
:
Foi o total de dinheiro público estadual que Messias recebeu em sua conta, em 2000.

Quem é Messias
Prefeito:
Umberto Messias, 68 anos, é natural de Bom Jesus do Norte, Sul do Estado. Concursado da Secretaria da Fazenda, foi fiscal na Região Sul. Foi vereador de 1977 a 1982 e prefeito de 1983 a 1988 em Bom Jesus.
Deputado: Deputado estadual em 1991, foi vice-presidente da Assembleia Legislativa, então comandada pelo hoje conselheiro afastado do TCES Valci Ferreira. Em 1993/94, foi líder do governo Albuíno Azeredo. A indicação para a vaga de conselheiro pela Assembleia ocorreu em 1995. Foi eleito presidente do TCES em 2009.
Condenado: Em 1º de junho passado, Messias foi condenado pelo STJ por receber R$ 50 mil de dinheiro do Estado para a campanha do irmão, em 2000. A pena de 2,6 anos de prisão foi substituída por serviços comunitários e pagamento de R$ 24.525. Cabe recurso.

Rondinelli Tomazelli
- rsuave@redegazeta.com.br

Não espere encontrar protestos ou indignação com a ficha judicial de um poderoso morador de Bom Jesus do Norte, cidade pacata que faz divisa com o Rio de Janeiro. Lá, a influência do ex-prefeito e líder político da região Umberto Messias ficou praticamente inabalada após ele renunciar à presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCES).

Mesmo depois de condenado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por receber R$ 50 mil desviados do Estado, para a campanha a prefeito de seu irmão Ubaldo Martins, em 2000, Messias continua em alta, como rei "idolatrado" em Bom Jesus, na avaliação dos próprios moradores. Na última quarta-feira, A GAZETA foi ao reduto de Messias.

No centro da cidade interiorana, sua casa estava fechada. Mas relatos dão conta de que para lá acorrem muitos pedintes. O conselheiro costuma ser visto em Bom Jesus aos fins de semana e circulando pelas ruas. Segundo sua empregada, o conselheiro e a mulher estavam em Vitória na quarta.

Alheios à política, cidadãos de Bom Jesus parecem dar pouca importância às complicações judiciais de Messias e se dizem acostumados a escândalos políticos. Os poucos que mostram repúdio preferem não se identificar, por temor de retaliação. "Na época da política ele faz o possível. Arruma exame caro. Pobre se dá bem com ele", conta uma moradora. "É gente querendo tirar a presidência dele. Aqui ninguém liga", diz um operador.

Perfil
Na cidade, Messias é descrito como "um bom político" e "o melhor prefeito daqui". É visto com o perfil assistencialista de quem consegue empregos e exames. Sua fama corre as ruas como um político simpático, que a todos cumprimenta. "Eu não sabia da condenação. Só quem está dentro da política se envolve", diz a auxiliar de manipulação Luciene Gonçalves.

A professora Natália Fonseca cultiva a imagem positiva de Messias desde pequena. "Ele vai a todos os velórios e põe nome dos falecidos em ruas para homenagear os parentes". Mas há quem critique o "cacique", como um senhor de 70 anos: "A condenação empobrece a imagem dele. Dizem que distribui dinheiro em campanha. Tem prestígio porque o povo é mal informado, sem senso crítico".

Mas a mãe de Messias, Antonia Martins de Souza, de 89 anos, considera-o "inocente". "Não teve ilícito. Veio dinheiro para Ubaldo. Ofereceram e Umberto aceitou. Muitos pegaram em outras prefeituras, mas ele está sendo perseguido. A renúncia foi negativa". Segundo ela, Messias levou fórum, telefonia, praça, calçamento e outras obras à cidade.

"É verdadeiro absurdo, uma desgraça (a condenação). Confio no meu filho como confio em mim. Na época, era comum governo dar dinheiro a prefeituras na campanha"
Antonia de Souza. Mãe de Messias

"Não acredito, mas, se ele foi condenado, é safadeza lá com a Justiça, não tem nada a ver com a gente aqui. O Umberto me deu remédio e material de construção"
Rosangela Tavares. Empregada doméstica

Derrota

Mas ele não é unanimidade. Sua família faz oposição ao prefeito Adson Salim (PSDB), que derrotou Marquinhos, filho de Messias, em 2008. Servidor da Secretaria estadual da Agricultura, Marquinhos é cotado para 2012. O clã tem eleitores à vista. Roselino Nunes já trabalhou nas fazendas de Messias, considera-o um "bom patrão" e diz que votaria no conselheiro. "A condenação não faz muita diferença. Ele é muito popular. Dou um voto de confiança".

Para a autônoma Florilda Botelho, "negócio de roubar, todo mundo rouba". "R$ 50 mil não prejudica. Não pode acontecer (desvio), mas não deixo de votar na família dele por causa disso".

sábado, 30 de julho de 2011

ES: INVESTIGADORES CONCURSADOS


O APOIO DOS FUTUROS INVESTIGADORES
Os investigadores concursados
estiveram neste sabádo 28/05
na grande Terra Vermelha em apoio ao  
Governador Renato Casagrande e sua equipe para o lançamento do Programa Estado Presente.
Com o foco na prevenção e redução da criminalidade, principalmente homicídios, e diminuição dos fatores de vulnerabilidade social presentes em 30 aglomerados de bairros em todo o Espírito Santo.

O GOVERNADOR NOS RECONHECE
E VEM EM NOSSA DIREÇÃO

 A presença dos futuros investigadores da policia civil
foi muito importante neste evento onde ficou muito claro que queremos atuar de forma efetiva ao lado do Governo do Estado e concordamos que segurança publica não se faz só com repressão e que  para reduzir a vulnerabilidade social, entram em cena as secretárias de Assistência Social, Trabalho, de Esportes e Lazer, de Educação, de Saúde, de Cultura...

SOMOS PARCEIROS
Nossa presença foi de suma importância
para consolidar a parceria que fizemos e demonstrar mais uma vez que estamos junto do Governador Renato Casagrande
PARABÉNS GOVERNADOR
Mais uma  vez além de parabenizar o
Governador pelo programa em nome dos
investigadores concursados
externamos nosso agradecimento e
deixamos claro que pode contar com nosso apoio.
 
Entrega das viaturas da
Policia Militar e Policia Civil
onde o Governator e o vice entram nas viaturas
depois da entrega ao Secretário de Segurança
e ao Comandante da Policia Militar.
APOIO
Passamos para o Secretário de Segurança
que os futuros investigadores tem o mesmo pensamento
com relação a forma encontrada para a a redução da violência e que concordamos com o pensamento dele quando disse
que temos que fazer o feijão com arroz e o que está sendo feito não é nada mirabolante mas efetivamento o Estado com suas secretárias dar a população uma maior cidadania e quando necessária a atuação da policia estará presente.
DIÁLOGO
Os Futuros Investigadores da Policia Civil
mais uma vez coloca o dialogo como uma forma de construir 
e demonstra capacidade e disposição em colaborar efetivamente para que no futuro possamos construir uma Policia mais inteligente e mais participativa, pois antes de ser um policial somos Cidadão Capixaba.
Estivemos também com nosso amigo Gilsinho Lopes
que foi uma pessoa de grande importância
para que pudessemos fechar estas nomeações e o mesmo
neste sabado me entregou a Lei aprovada na Assembléia que criou o distrito policial de Terra Vermelha assinada pelo mesmo. 
Gostariamos de agradecer ao
Governador do Estado Renato Casagrande ,
ao Secretário de Segurança Henrique,
ao Deputado Gilsinho Lopes, as lideranças da SEGER e
as várias lideranças do PSB que estiveram presentes e nos apoiaram neste evento.

ALESSANDRO NASCIMENTO DA VICTORIA, Coordenador dos Investigadores Concursados.
AGENCIA 3084 OPÇÃO 023 CONTA 943-7
QUALQUER LOTÉRICA OU CAIXA ECÔNOMICA

ALESSANDRO DA VICTORIA " AINDA NÃO ACABOU TEMOS QUE ESTAR NA RUA MESMO NO SABADO, POIS QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO"